Os líderes da Região Centro-Oeste e do Tocantins destacaram a importância da articulação do Bloco de Governadores do Brasil Central. Segundo os governadores, a formação do Fórum, que já tem outras quatro reuniões marcadas para este ano, o Bloco vai permitir maior poder de participação nas decisões do governo federal, na atração de investimentos para a região e na tomada conjunta de decisões políticas.
Pedro Taques (MT) disse que a Região Brasil Central vai se colocar na vanguarda do desenvolvimento econômico do País por meio desta nova articulação. “Nossos Estados já são responsáveis pelo superávit da balança comercial brasileira. Temos peso econômico, mas podemos ir além. Precisamos deste fórum e deste espírito de cooperação para continuarmos a crescer em importância econômica”, disse.
Reinaldo Azambuja (MS) afirmou que os Estados do Brasil Central vem respondendo de forma positiva neste cenário econômico que passa o País. O fomento ao empreendedorismo regional, com a criação do bloco, possibilitará uma resposta ainda maior. “Os Estados tem de participar das discussões e definições de prioridades do governo federal. Este bloco possibilitará este movimento”, disse.
Marcelo Miranda (TO), por sua vez, disse que a articulação vai garantir a valorização do poder público e a implantação de medidas estruturantes de maneira eficientes. “Todos os Estados ganham com essa parceria. Embora estejamos na Região Norte, nos sentimos agraciados com a nossa inserção nesta discussão”, afirmou.
O vice-governador do DF, Renato Santana, frisou o compromisso com o desenvolvimento como uma das estratégias políticas de maior efeito numa gestão pública. “Planejar o desenvolvimento econômico é uma forma de garantir avanços sociais. Só temos a ganhar”, disse.
Veja os principais pontos da Agenda de Desenvolvimento do Brasil Central
1. Na agropecuária: desenvolver modelo agropecuário para ampliação da produtividade de pequena e média propriedade, com ênfase no assessoramento técnico, base para o fortalecimento de uma nova classe média rural.
2. Na logística: definir projeto de integração logística para a região e inserções nacional e global. Definir ações que fomentem as indústrias e os serviços associados à logística.
3. Na industrialização: focar ações que nos levem da industrialização tradicional dos produtos agropecuários à indústria densa em conhecimento.
4. Na educação: assumir posição de vanguarda no projeto nacional de qualificar o ensino básico. Desenvolver educação básica e profissional avançadas que priorizem as capacitações genéricas e flexíveis exigidas pelas tecnologias contemporâneas.
5. No empreendedorismo: fomentar o empreendedorismo de vanguarda e definir medidas que coordenem acesso a: crédito, tecnologias, práticas avançadas e mercados nacionais e mundiais.
6. Na inovação: fortalecer o sistema de ciência, tecnologia e inovação regional, associado à prestação de serviços avançados. O tema prioritário do próximo Fórum de Governadores do Brasil Central. Será a organização desta entidade: sua forma jurídica, seu modelo de governança e sua fonte de financiamento.