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O Diário Oficial da União desta quinta-feira trouxe Decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff que inclui a distribuidora Celg, que atua na região de Goiás, no Programa Nacional de Desestatização (PND). Com isso, a Eletrobras poderá dar início ao processo de privatização das distribuidoras por ela controladas.
A medida atende a recomendação feita pelo Conselho Nacional de Desestatização feita semana passada. Pelo texto, o MME será responsável pela execução e acompanhamento do processo de privatização da Celg e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pela contratação dos serviços e do apoio técnico necessários à desestatização.
Com a publicação do Decreto, a Eletrobras entregará ações da empresa para o Fundo Nacional de Desestatização (FND) em até cinco dias. Não está claro ainda se a Eletrobras e o governo goiano venderão todas as ações que detêm da distribuidora, mas é certo que, no processo de privatização, o controle da companhia será entregue a uma empresa privada.
Em comunicado enviado ao mercado nesta semana, a Eletrobras informou que contratou o banco Santander para realizar estudos sobre um modelo de plano de reestruturação das distribuidoras. “Todavia, até o momento não foi tomada qualquer decisão sobre esse tema pelos órgãos de administração da Eletrobras”, informou a companhia.
Em entrevista ao jornal A Redação, durante missão oficial aos Estados Unidos, o governador Marconi Perillo (PSDB) comentou sobre a privatização da Celg. “Essa não é uma agenda minha, é uma agenda do governo federal, da Eletrobras. A Celg hoje, majoritariamente, é de propriedade da União, 51% das ações são da Eletrobras. Então, caberá ao governo federal conduzir esse processo”, disse.
“De qualquer maneira, tem o meu apoio caso isso venha a acontecer. Nós estamos em acordo com o governo federal de que uma empresa do tamanho da Celg precisa de muito dinheiro para novos investimentos, para atender as demandas da sociedade, dos clientes da Celg, no nível residencial, comercial e industrial”, completou.