Governo do estado diz aos sindicatos que não tem dinheiro para pagar salários de dezembro
Em reunião realizada entre o governo do estado e sindicatos representantes dos servidores públicos estaduais,…
Em reunião realizada entre o governo do estado e sindicatos representantes dos servidores públicos estaduais, a secretária da fazenda, Cristiane Schmidt, afirmou que não será possível quitar a folha de pagamento do mês de dezembro de 2018.
“Não há dinheiro em caixa”, confirmou a secretária. “O governo anterior empenhou apenas os salários do legislativo e do judiciário. Esses devem ser pagos até o dia 10 de janeiro. Ainda que houvesse algum dinheiro no caixa, e não há, não seria possível pagar a folha do poder executivo porque não houve empenho. Precisamos regularizar isso antes”, disse Cristiane em entrevista coletiva realizada após a reunião.
Ela ainda confirmou o que disse ao Mais Goiás nesta quarta-feira (2): apenas ao final de janeiro será possível dar respostas concretas. A secretária afirmou ainda que irá pedir ajuda ao governo federal para que a situação financeira do estado seja resolvida. Ela confirmou também que o parcelamento da folha de dezembro é uma possibilidade real.
“Pedimos ajuda do governo federal porque nossas receitas não estão dando conta. Falamos para eles [sindicalistas] que até fevereiro nós não conseguiremos pagar toda a folha. Esse é o maior problema. Quando se fala que não se aceita nenhuma tipo de parcela, não há o que fazer. Não fabricamos dinheiro”, confirmou.
Resposta
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Goiás (Sintego), Bia de Lima, disse em coletiva de imprensa que as entidades não concordaram com as propostas e que outra reunião deve ser marcada para “construir algo que seja possível para o governo e para o servidor”.
“Nossa posição é clara: não concordamos com o parcelamento de salários, nem de dezembro nem de nenhum outro mês. Já dissemos [ao governo] que queremos continuar dialogando”, afirmou.
A sindicalista afirmou ainda que os sindicatos ligados ao Fórum Estadual de Defesa dos Servidores Públicos de Goiás ainda não falam em paralisação.
“Estamos em uma mesa de negociação, você busca saídas antes de fazer outros movimentos. Fizemos questão de falar ao governador que queremos manter uma mesa permanente de diálogo. Precisamos discutir não só as questões salariais, mas também inúmeras outras que nos preocupam”, finalizou.