Goiás na Frente

Governo entrega novo centro cirúrgico em Pirenópolis

O Centro Cirúrgico foi denominado Pompeu Cristóvão de Pina, advogado que morreu em 2014 aos 80 anos, reconhecido como uma das figuras mais notórias na luta pelo patrimônio cultural goiano

O governador Marconi Perillo e a presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás, Valéria Perillo, inauguraram na noite desta terça-feira, 20, o centro cirúrgico do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (HEELJ). O Centro Cirúrgico foi denominado Pompeu Cristóvão de Pina, advogado que morreu em 2014 aos 80 anos, reconhecido como uma das figuras mais notórias na luta pelo patrimônio cultural goiano.
O Centro Cirúrgico do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime, que já está em funcionamento e já realizou 29 cirurgias, vai reforçar o caráter regional da unidade, porque absorverá uma parte considerável dos pacientes da região que demandam procedimentos cirúrgicos e partos, antes transferidos para Anápolis e Goiânia.
“É difícil expressar em palavras o tamanho da gratidão e da necessidade do povo pirenopolino por esses investimentos em saúde. Hoje estamos dando um grande passo para melhoria da saúde do povo de Pirenópolis. Esse é mais um acerto da administração do Estado em favor do povo pirenopolino”, frisou o prefeito João Batista Cabral (DEM), o João do Léo.
Para ampliar a capacidade de atendimento decorrente da demanda dos municípios circunvizinhos a Pirenópolis, o governador decidiu incrementar mais 33 leitos para somar aos 33 já existentes – 10 dos quais para Unidades de Terapia Intensiva. Para tanto, assinou Ordem de Serviço para iniciar a obra. “Neste governo a gente inaugura uma obra e já assina ordem de serviço para a próxima”, assinalou o secretário estadual da Saúde, Leonardo Vilela.
Hospital conta com mesmos equipamentos do Albert Einstein e Sírio Libanês
Gerido há três anos pela organização social Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), o hospital, muito requisitado pelos turistas do Brasil e do exterior que visitam Pirenópolis, é dotado de equipamentos de última geração. “Os respiradores, os equipamentos de anestesia, os monitores multiparamétricos, que darão segurança aos médicos e aos pacientes, são os mesmos utilizados no Hugol e também no Albert Einstein e Sírio Libanês”, afirmou Leonardo Vilela. “Recebemos muitos elogios dos brasilienses que, ao visitar Pirenópolis, precisam passar por algum procedimento”, reforçou o prefeito.
Marconi relatou, em discurso, a motivação do ex-governador Henrique Santillo, de quem era assessor, para construção do hospital. “Tive a honra de acompanhar os primeiros passos na construção desse hospital no governo Santillo. Fui autor do projeto de lei que denominou esse hospital, em homenagem à ex-primeira dama desse município, Ernestina Lopes Jaime, que muito fez por Pirenópolis. E hoje tenho a honra, não só de inaugurar esse centro cirúrgico, mas por ter transformado esse hospital em um dos melhores do Estado de Goiás e do País”, observou sob aplausos.
“Peço que cuidem bem desse hospital, que tratem bem os pacientes que vem aqui, e aos turistas que vão poder também ser atendidos aqui, porque Pirenópolis é uma cidade turística muito forte e merece esse hospital para dar um tratamento digno a todas as pessoas daqui”, afirmou Valéria Perillo, em vídeo gravado na solenidade para seu perfil nas redes sociais.
Participaram da solenidade os prefeitos Celio Fleury (Corumbá de Goiás), Zilomar Antônio (Jaraguá), Cirlei Araújo (Vila Propício) e Dr Allysson (Alexânia); os deputados estaduais Nédio Leite e Daniel Messac; presidente da Agehab Luiz Stival; chefe de Gabinete do Governador, Frederico Jayme; diretor-Geral do Grupo Executivo de Comunicação do Governo de Goiás, Luiz José Siqueira; entre outras autoridades.
Referência
 
O HEELJ, que tem capacidade para realizar 100 cirurgias por mês, recebe o custeio mensal do governo estadual no valor de R$ 2 milhões e 500 mil – o equivalente a R$ 30 milhões/ano. Diretor geral do hospital há mais de 20 anos, Rondinelli de Mello atestou o incremento na qualidade do atendimento. “O maior ganho que a população recebeu foi o capital humano aqui investido. A unidade conta com quadro funcional com excelente profissionais, treinados e capacitados, que possuem a premissa básica: a arte de cuidar”, ressaltou.
Presidente do IDGH, Jiro Idehara falou de maneira elogiosa do governador, a quem creditou a maneira inovadora de fazer gestão da Saúde do Estado, desde o primeiro mandato, quando colocou o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr Henrique Santillo (Crer) para ser gerido pelo modelo de parceria público-privada, por intermédio de uma organização social. Modelo que repetiu o sucesso em outros hospitais estaduais goianos.  “É referência no Brasil”, apontou.
Idehara utilizou uma frase atribuída a Henry Ford, fundador da Ford Motors Company, ’Se você pensa que pode ou que não pode, de qualquer forma você está certo’, para sublinhar o espírito progressista de Marconi. “O senhor pensou que poderia mudar a realidade do Estado de Goiás. Estava certo. Poderia ter ficado acomodado, como boa parte dos gestores, tentando achar um culpado pelas mazelas da saúde ao invés de procurar uma solução para o problema. O senhor pensou que poderia fazer e o fez”, declarou ao governador.
O governador narrou a quantidade de hospitais de grande porte do Brasil que estão fechando as portas, “porque os governos não dão conta de pagar a conta”. Afirmou que são investidos R$ 79 milhões mensais para custear os hospitais estaduais. “R$ 20 milhões só no Hugol”. Ele afirmou haver gestores que constroem unidades de saúde sem provisionar o custeio.
“Muita gente, governadores, prefeitos, gostam de fazer a obra e entregar no último dia de mandato. Muitas vezes, até sem equipamento. Para o outro tomar conta. Muita gente faz isso, no Brasil todo. Porque o caro não é fazer a obra, muitas vezes tem ajuda federal. Nós aqui fazemos a obra, equipamos e fazemos funcionar. No dia em que inaugurei o Hugol, ao meio-dia, e no mesmo horário estava aberto para a população de Goiânia”, ressaltou Marconi. “Tenho orgulho de ser um governador que cuida da saúde e que procurou um modelo de eficiência, que hoje é copiado no Brasil todo”.
Ao falar da eficiência no atendimento e da redução de gastos promovida pela gestão das OSs nos hospitais goianos, o governador lembrou da dificuldade imposta pela lei de licitações para salvar vidas. “Quando não tínhamos um modelo de OSs, às vezes um tomógrafo, um aparelho de ressonância magnética, quebravam e ficavam 2 anos por causa da licitação. Paciente quando chega politraumatizado em um hospital de urgências, ele precisa ser atendido não em uma hora, mas em minutos, senão ele morre”, apontou. “Hoje, chega um politraumatizado no Hugo ou Hugol e imediatamente a equipe médica coloca esse acidentado em um aparelho de tomografia, ressonância ou de raio-x. Esse laudo é repassado pela internet para a Central de Laudos, com os especialistas, que já indicam em uma hora o procedimento que aquele médico, aquela equipe, vai ter de fazer com aquele politraumatizado. É assim que funciona a saúde hoje em Goiás”, explicou.