Governo estadual lança Plano Integrado da Região Metropolitana de Goiás
O Plano Diretor Integrado pretende avançar na regulamentação de aspectos diversos do cotidiano da Grande Goiânia
Como foco na promoção desenvolvimento autossustentável nos 21 municípios próximos a Capital, o governador Marconi Perillo lançou hoje o Plano Integrado da Região Metropolitana de Goiânia. O estudo trará informações a respeito de de mobilidade, violência, degradação ambiental, ocupação urbana, escassez de água, coleta e tratamento esgoto, manejo e destinação do lixo.
A Região Metropolitana de Goiânia conta com uma população de 2,5 milhões de habitantes, o que representa 37% da população estadual e responde 39% de todo o PIB goiano. O trabalho será coordenado pelo Instituto de Estudos Sócio-Ambientais, da Universidade Federal de Goiás, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape). A previsão é que o estudo seja concluído no máximo em dois anos.
Durante solenidade de lançamento, hoje à tarde, auditório Mauro Borges, do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, o governador Marconi Perillo ressaltou a importância do planejamento estratégico. “Com esse estudo, será possível a antecipação e o planejamento de ações públicas de interesses comuns”, disse o governador, ao ressaltar que o governo estadual está atento às demandas manifestadas pela sociedade, em todas as áreas.
Marconi falou dos riscos de expansão imobiliária de áreas próximas ao Lago da Barragem do João Leite, que para ele deve ser um dos focos principais do Plano Integrado da Região Metropolitana de Goiás. O governador citou o problema enfrentado pela população de São Paulo, devido a escassez de água. “Felizmente em Goiás, há 16 anos, tomamos uma decisão planejada, ao construirmos a Barragem João Leite, que integra o Sistema Produtor Mauro Borges”, ponderou, ao ressaltou aquela foi uma “obra enorme, complexa”, com investimentos próximos de R$ 500 milhões.
O governo do Estado, relatou Marconi, também investe vultosos recursos no Sistema Produtor Corumbá IV, que vai beneficiar as populações do Entorno Sul de Brasília. “Planejamos, com racionalidade, cada vez mais pensando no futuro, com pulso firme no presente”, sublinhou o governador.
O secretário estadual de Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos, João Balestra, assinalou que o Plano Diretor Integrado lança as bases do crescimento e da geração de empregos na Grande Goiânia, além de apontar, por meio de estudos científicos, os reais gargalos da região.
Plano Diretor Metropolitano
O Plano Diretor Integrado pretende avançar na regulamentação de aspectos diversos do cotidiano da Grande Goiânia: uso do solo, políticas habitacionais, transporte e sistema viário, tributação, abertura e conservação de estradas vicinais, aproveitamento de recursos hídricos, proteção ambiental, promoção social e modernização institucional.
O IBGE reconhece a existência de 12 regiões metropolitanas no Brasil, que juntas abrigam um terço da população do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Manaus e Goiânia.
Região Metropolitana de Goiânia
A Região Metropolitana de Goiânia é formada pelos seguintes municípios: Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade.
A área total da região é de 7.397,20 km² (corresponde a 2,18% da área total do Estado); com população de 2.173.141 habitantes (36,19% da população do Estado); densidade populacional de 293,76 hab./Km²; taxa de crescimento da população, entre os censos de 2000 e 2010 de 20%; taxa de urbanização de 98,02%; e participação no PIB de Goiás equivalente a 38,61%.