Governo estuda incluir a Fazendinha JK no turismo cultural de Goiás
Propriedade foi adquirida por Juscelino em 1972 depois de ter o mandato cassado pela ditadura militar e de ser proibido de entrar em Brasília
As primeiras conversas para incluir a Fazendinha JK, última residência do ex-presidente Juscelino Kubitschek, no roteiro de turismo cultural do Estado ocorreram nesta sexta-feira (20) entre o secretário de Gestão e Planejamento de Goiás (Segplan), Joaquim Mesquita, o presidente da Agencia Estadual de Turismo (Goiás Turismo), Leandro Marcel Garcia Gomes, e o secretário de Desenvolvimento econômico e Turismo de Luziânia, Robson Henrique de Jesus Silva.
O secretário foi a Luziânia, por determinação do governador, para analisar a viabilidade de apoio à preservação da memória presidente que construiu Brasília e que orientou o poder político ao interior do Brasil. De acordo com Robson Henrique, a Fazendinha JK precisa de ajuda na manutenção de estradas, do jardim, entre outras iniciativas de fomento ao turismo no local.
Os atuais proprietários, Antônio Henrique Servo e Rosana Servo, encomendaram um estudo ao Sebrae e esperam que Estado e município sejam parceiros no futuro projeto.
A Fazendinha
Localizada a 13Km de Luziânia, a propriedade foi adquirida por Juscelino em 1972 depois de ter o mandato cassado pela ditadura militar e de ser proibido de entrar em Brasília. O local é repleto de frutos do cerrado, com mata preservada, e abriga a sede, única obra de Oscar Niemeyer na zona rural, uma réplica reduzida da capela do Palácio do Alvorada e até uma Mercedes Benz 1963 usada na campanha presidencial de JK.
Em 1984, foi vendida a Lázaro Ganassin Servo. Na negociação, Sarah Kubitschek pediu aos novos donos para manter a casa e, principalmente, os móveis e objetos pessoais como originais. A família vem atendendo a esse pedido desde então e pretender incluir o local ao roteiro turístico e cultural do Estado.
A sede conserva todos os móveis e itens de decoração de quando a família viveu na propriedade. São prataria e presentes, mobiliário preservado e quase 2 mil títulos de livros, a maioria com dedicatória ao ex-presidente.