Governo estuda possibilidade de contágio do vírus zika pela saliva
Enquanto isso, casos de paralisia associados ao vírus se propagam no Rio de Janeiro
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Duas notícias divulgadas no site do jornal O Globo nesta sexta-feira (5/2) trazem ainda mais preocupações a quem já se consternava com a propagação do vírus zika, especialmente as gestantes.
De acordo com a publicação, após a constatação de que o vírus pode ser transmitido sexualmente, o governo está considerando a possibilidade de que haja contágio também pela saliva. Além disso, casos de paralisia associados ao zika tem “explodido” no Rio de Janeiro nas últimas semanas.
Segundo a publicação, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou que a situação desta outra forma de contágio será estudada e aprofundada: “Hoje temos essa notícia da presença do vírus zika na saliva. Certamente, isso vai ser pesquisado, mas é um vírus que nós não sabemos a amplitude dele, não sabemos a dimensão da ação. É fundamental, neste momento, o combate ao mosquito Aedes aegypti, para que ele não se reproduza e não seja o principal transmissor do vírus zika”.
A doença trouxe consigo também o aumento nos casos de microcefalia no país. Desde o início da epidemia, o número de crianças examinadas sobre o diagnóstico de microcefalia já ultrapassa 4.700, sendo que mais de 400 bebês já foram confirmados como casos de desenvolvimento da doença em decorrência do zika.
Síndrome Guillain-Barré
Outro risco associado ao vírus é o de uma doença neurológica que provoca paralisias. A síndrome Guillain-Barré, até então considerada rara, já teria acometido 16 pacientes do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), de Niterói, somente neste ano.
Segundo O Globo, dois dos seis internados na unidade atualmente estão em estado muito grave. Todos eles foram acometidos pelo zika no Estado do Rio e começaram a apresentar sinais de comprometimento do sistema nervoso duas semanas depois. Alguns ficaram totalmente paralisados.
A doença síndrome pode levar a óbito.
Prevenção
Como forma de controle do vírus zika, cujo principal é o mosquito Aedes aegypti – o mesmo que propaga a dengue e a febre chikungunya –, as autoridades pedem que a população evite o acúmulo de água, onde o mosquito costuma colocar seus ovos. É importante que sejam descartados pneus velhos, que garrafas sejam viradas com a boca voltada para o chão e que seja realizada a drenagem de terrenos onde o quintal seja propenso à formação de poças.
Em vasos de plantas, sugere-se a lavagem regular, a colocação de areia ou a eliminação dos pratos que acumulam água. Vasilha de uso de animais domésticos também devem ser limpas com frequência.
Fora as medidas de combate ao mosquito, é recomendado o uso de telas nas janelas e de repelentes, industrializados, especialmente durante viagens.