Governo monitora possível novo ataque à democracia em 8 de janeiro
Secretário-executivo do Ministério da Justiça confirma que há ameaça de novo ataque. Governo planeja ato com três poderes nessa data
Forças de segurança vinculadas ao Ministério da Justiça monitoram a possibilidade de haver um novo ataque às instituições no dia 8 de janeiro de 2023, data em que a invasão ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF) por parte de extremistas de direita completa um ano.
Em entrevista coletiva que aconteceu nesta terça-feira (26), o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, confirmou que há ameaças nesse sentido. “O Brasil é um país livre, democrático. Manifestações são normais. O que a gente tem monitorado são ameaças, ataques às instituições. Até o momento, não há nada que preocupe. Reuniões técnicas serão feitas até dia 4 de janeiro, quando será assinado plano para a segurança do dia 8”, informou o secretário-executivo.
Nessa data, o governo pretende fazer um ato público com a presença dos chefes dos três poderes para relembrar a tentativa de golpe no Brasil. Além do presidente Lula, estarão presentes o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso.
A primeira reunião entre Cappelli fez e os chefes das áreas de segurança pública envolvidos no ato já aconteceu. O encontro também contou a presença de integrantes das forças de segurança da Esplanada dos Ministérios, bem como da polícia legislativa.
O secretário-executivo disse que, além das polícias legislativa e judicial, da Polícia Militar do DF, da Polícia Federal e da Força Nacional, “a PRF está de prontidão, em sintonia com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e vai, daqui até o dia 8, monitorar qualquer movimentação atípica relacionada a atos que ameacem os Poderes”.