Governo rebate críticas de Ronaldo Caiado
Em entrevista ao Popular, Caido disse que "quer ver" o governador julgado por improbidade administrativa.
Em entrevista ao jornal O Popular, o senador eleito Ronaldo Caiado (DEM) fez duras críticas ao projeto de reforma administrativa anunciado pelo governador Marconi Perillo (PSDB) e enviado para a Assembleia, onde começará a tramitar nesta terça-feira.
Caido disse que “quer ver” o governador julgado por improbidade administrativa. Motivo: teria usado a máquina do governo em benefício próprio na campanha eleitoral ao “inchá-la a ponto de atender aos interesses de prefeitos e partidos”.
Caiado afirma ainda que espera da oposição na Assembleia uma ação contra o projeto enviado pelo governador. “Acredito que os deputados estaduais da oposição têm de tomar esta iniciativa. Afinal de contas, o Estado não pode ser usado como comitê eleitoral. Moralização na política não pode ser seletiva nem sazonal”, afirma Caiado.
Em nota, o secretário Leonardo Vilela (Segplan) afirma que o projeto de reforma administrativa encaminhada pelo governador Marconi Perillo (PSDB) para a Assembleia teria começado no ano passado, quando estebeleceu a meta de extinguir 3,3 mil cargos comissionados no Estado.
“A proposta atual amplia para 5,4 mil o total de cargos em comissão a serem extintos, bem como estabelece a redução de 9,5 mil funções temporárias e outras 1 mil gratificadas”, diz o secretário em resposta às críticas do deputado Ronaldo Caiado (DEM), que acusou o governador de ter inchado a máquina para a campanha eleitoral.
Leia abaixo a nota na íntegra
“NOTA DO GOVERNO DE GOIÁS
Acerca das declarações do deputado federal Ronaldo Caiado sobre a reforma administrativa proposta pelo Governo de Goiás, o secretário de Estado de Gestão e Planejamento, Leonardo Vilela, vem observar que:
1 – A proposta de reforma administrativa encaminhada pelo governador Marconi Perillo para apreciação e votação na Assembleia Legislativa visa adequar o Poder Executivo às novas demandas sociais e econômicas do Estado – cada vez mais dinâmicas – tendo em vista o acelerado processo de desenvolvimento dos últimos anos;
2 – A reforma administrativa está estritamente de acordo com os compromissos pactuados pelo governador durante a disputa eleitoral e tem como princípios básicos a economicidade e a eficiência. Ao adotar essas medidas, o Governo de Goiás se antecipa a eventuais dificuldades na economia, com impacto na arrecadação dos Estados.
3 – Apesar de sua profundidade e abrangência, na prática a reforma administrativa teve início ainda no ano passado, quando da edição de decreto que estabeleceu a extinção de 3.300 cargos comissionados. A proposta atual amplia para 5.400 o total de cargos em comissão a serem extintos, bem como estabelece a redução de 9.500 funções temporárias e outras 1.000 gratificadas. Também integra esse conjunto de mudanças a fusão, em 2013, das Secretarias de Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos, que deu origem à atual Sicam;
4 – Mais uma vez, o governador Marconi Perillo inova ao propor esta reforma administrativa, abrangente do ponto de vista administrativo e ousada do ponto de vista político. Temos a plena certeza de que ela servirá de modelo para que a União, outros Estados e municípios façam as adequações necessárias em suas máquinas administrativas, de forma a dar mais eficiência à gestão pública e a promover a economia de recursos com vistas à viabilização de novos investimentos.
Goiânia, 18 de novembro de 2014.
LEONARDO VILELA
Secretário de Estado de Gestão e Planejamento”