Uma mulher grávida de três meses foi flagrada por vizinhos sendo agredida pelo companheiro, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A vítima – que terá o nome preservado – de 35 anos, conversou com o UOL e disse que a violência doméstica era recorrente. Após as imagens, que são fortes, circularem nas redes sociais, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu localizar e prender Vitor Batista, de 32 anos.
No vídeo, é possível ver que ela tenta pular da janela para escapar das agressões. Em outra ocasião, Vitor Batista aparece segurando a vítima de forma bruta e ainda fecha a janela para que os vizinhos não vissem a violência. O UOL tenta contato com a defesa do homem.
“Ele sempre me bateu, me proibia de sair de casa. Já são dois anos de relacionamento e sofrimento. Eu já cheguei a pular da janela em maio, porque não aguentava mais. Tudo começou porque eu joguei um papel pela janela na segunda pedindo por socorro”, disse ela.
A mulher contou que Vitor Batista sempre foi ciumento e que já chegou a perder um emprego devido aos machucados que marcaram seu corpo, causados pelo companheiro.
“Eu acreditava que ele pudesse mudar, por isso não tinha coragem de denunciar, me sentia muito mal”, disse a vítima.
Denúncia de vizinhos
Para a Polícia Civil, as imagens feitas pelos vizinhos foram de extrema importância para a prisão de Vitor Batista.
“Foram fundamentais não só as filmagens, como também eles [os vizinhos] terem ido à casa dela socorrê-la”, disse Fernanda Fernandes, da Delegacia de Atendimento à Mulher.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 – Central de Atendimento à Mulher – e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.