COBRANÇA DE REAJUSTE

Greve do transporte coletivo: sindicatos se reúnem em tentativa de acordo

Sindcoletivo, que representa os motoristas, cobra reajustes salariais desde dezembro do ano passado

Sindicatos do Transporte Coletivo da Grande Goiânia se reúnem nesta quarta-feira (26), após convocação do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), para tentar um acordo e evitar a greve com previsão de início na sexta-feira (28).

Se reúnem com o TRT, representantes do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindcoletivo) e do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Goiânia (SET).

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A decisão do TRT-18 foi tomada após solicitação do Sindcoletivo, que representa os motoristas e cobra reajustes salariais desde dezembro do ano passado. Segundo o sindicato, as negociações diretas e uma sessão de mediação com a Procuradora Regional do Trabalho não obtiveram avanços significativos.

Na terça-feira (25), o SET classificou como “ilegal” a greve deflagrada pelos motoristas. As empresas informaram que foi montado um comitê para tratar do assunto e que “foi oferecido reajuste de 6,5%, acima de média nacional e da inflação medida no período, a qual foi de 3,86%. Se somado ao aumento concedido no ano passado, representa um acréscimo de quase 20% nos salários de todos profissionais da categoria. E um aumento real pelo terceiro ano consecutivo”, destacou por meio de nota.

A greve foi deliberada no último domingo (23), em Assembleia convocada pelo Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) e comunicada à Justiça, nesta segunda-feira (24), o que em tese, cumpre com as 72h antes do início do movimento de paralisação.

Na mesa de negociações, os trabalhadores exigem um reajuste salarial de 15%, além de um aumento de 20% no valor do ticket alimentação. A proposta do SET, de 4,5% de aumento imediato e mais 2% em setembro, foi rejeitada pela categoria.

“A proposta não dignifica o trabalhador, considerando os subsídios recebidos pelas empresas do governo estadual e das prefeituras”, afirmou Sérgio Reis, diretor do Sindicoletivo, ao Mais Goiás. Procurada pela reportagem, o SET ainda não se manifestou sobre o impasse.