Grupo ministra curso sobre empreendedorismo para mulheres do Residencial JK
A ação recebeu o nome de Empreenda Mulher JK e é realizado pelo De Mãos Dadas, amigos que já realizam ações sociais na região há três anos
Mulheres do Residencial JK, em Goiânia, participarão de um curso para apreender a administrar seu pequeno negócio. A iniciativa é da coordenação do grupo De Mãos Dadas, que realiza ações sociais na região há três anos.
Marcela Barros, de 34 anos, é consultora de negócios e coordenadora do Empreenda Mulher JK – um dos projetos do De Mãos Dadas -, e afirma que a ministração das aulas tem como objetivo ensinar moradoras da região a administrar a venda de produtos que elas já produzem em suas casas. “Temos a intensão de ir além do assistencialismo e ensinar a estas mulheres um pouco sobre empreender. Elas já demonstram que têm jeito para negócios”, explica Marcela
O curso será ministrado nos próximos seis meses para 20 mulheres que foram selecionadas entre 70 que demonstraram interesse pelas aulas. “Infelizmente tivemos que diminuir muito o número para ter qualidade na ministração do curso. Mas nosso objetivo é começar outra turma no início do próximo ano”, afirma a coordenadora.
As aulas acontecerão uma vez por mês, sempre aos sábados. O lançamento do curso aconteceu na última sexta-feira (14), quando Marcela se reuniu com as alunas para conversar sobre as expectativas em relação às aulas. “Foi possível perceber um brilho no olhar delas. Acreditamos nestas mulheres”, afirma Marcela.
A coordenadora afirma ainda que busca patrocinadores para ajudar em alguns detalhes, como melhorar a infraestrutura do galpão onde acontece as aulas e fornecimento do lanche na hora do intervalo.
Projeto
O De Mãos Dadas é um grupo formado por amigos que conheceram os moradores do Residencial JK quando decidiram realizam uma ação social na região em 2013. “Encontramos uma comunidade acolhedora e nos apaixonamos por ela. Hoje existem mais olhares voltados para o bairro, mas há três anos a situação era muito mais difícil”, conta a coordenadora do projeto, Bárbara Nogueira, de 37 anos.
No início, o foco era o assistencialismo, com distribuição de alimento em determinadas épocas com ano. Com o passar do tempo, afirma Bárbara, percebeu-se a necessidade de acompanhar as famílias mais de perto. “Começamos a levar palestras para os moradores com informação sobre saúde, direitos, entre outros. Depois, começamos a fazer visitas nas casas e montamos uma forma de ter equipes de dois ou três membros acompanhando uma determinada quantidade de famílias durante todo o ano, em relação a emprego, saúde e outros assuntos”, afirma Bárbara. Ao todo, 15 pessoas estão envolvidas diretamente no projeto.