Guerra entre facções criminosas deixa ao menos 19 mortos em Porto Alegre
Na tarde desta quinta-feira, 7, o corpo de um homem, com marcas de tiros, foi encontrado no bairro Vila Nova, zona sul da capital gaúcha
Uma briga entre duas facções criminosas em Porto Alegre já deixou 19 mortos e cerca de 30 pessoas feridas desde a segunda quinzena de março. Na tarde desta quinta-feira, 7, o corpo de um homem, com marcas de tiros, foi encontrado no bairro Vila Nova, zona sul da capital gaúcha. A vítima usava tornozeleira eletrônica e a Polícia Civil não descarta que esta seja a 20ª morte atribuída aos conflitos entre as gangues.
Entre os mortos, está um adolescente de 16 anos. O jovem foi baleado no último dia 17 de março na Vila Planetário e, segundo informações da polícia, não tinha nenhum envolvimento com crimes.
“Tivemos o registro de 19 mortes decorrentes de disputas entre facções, uma morte que ainda está sob investigação e três óbitos decorrentes de confrontos entre bandidos e a Brigada Militar, o que não está relacionado aos crimes entre os grupos rivais”, disse a diretora do Departamento de Homicídios, delegada Vanessa Pitrez, ao Estadão.
No início desta semana, quatro homens armados foram detidos em flagrante dentro de um automóvel com placas clonadas. As prisões ocorreram na Avenida Castello Branco, uma das principais vias de acesso a Porto Alegre. Conforme a Brigada Militar, os suspeitos portavam quatro pistolas. Até o momento 16 pessoas já foram presas suspeitas por envolvimento com ambas facções.
De acordo com a delegada Vanessa Pitrez, os crimes estariam relacionados a dívidas com o tráfico de drogas e disputa por áreas da facção que atua na Vila Cruzeiro (V7), zona sul da capital, com outra gangue (Manos), que opera na região do Vale do Sinos, distante 40 km de Porto Alegre, mas que tem ramificações em vários bairros da cidade. “Já identificamos as lideranças que estão comandando essas disputas. As ordens vêm de dentro do sistema penitenciário e alguns mandantes dos crimes já foram transferidos para outras casas prisionais”, disse a delegada.
Junto com os criminosos, a Polícia Civil já aprendeu pistolas 9mm, espingardas calibre 12, fuzil 556 e pistolas de calibre .38