Herdeiros de milionário da Mega-Sena assassinado estão escondidos
Sem filhos ou esposa, fortuna deixada por Jonas Lucas Alves Dias ficou para os irmãos
Os dois irmãos de Jonas Lucas Alves Dias, que ganhou R$ 47,1 milhões na Mega-Sena e foi sequestrado e morto em Hortolândia, interior de São Paulo, agora vivem escondidos. Eles saíram das casas em que moravam quando o irmão foi assassinado e mantêm os novos endereços em sigilo.
Sem filhos ou esposa, a fortuna deixada pelo falecido ficou de herança para os irmãos — a irmã de Jonas, inclusive, morava com ele antes da repercussão do caso. De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, os vizinhos dos novos milionários confirmaram a mudança de residência, mas ninguém sabe dizer para onde eles foram.
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No bairro Rosolém, onde Jonas morava com a irmã, a informação é a de que ela e o irmão passaram a morar em um condomínio fechado por razões de segurança. Eles informaram os novos endereços apenas à polícia, uma vez que o inquérito que apura o crime ainda não foi concluído.
Os dois chegaram a ser ouvidos no início da investigação, por causa do parentesco e pela proximidade com o irmão que foi morto. Antes do crime, o homem passou em uma padaria, comprou pães e levou para a irmã, que foi a última pessoa a vê-lo com vida. Mesmo após ter se tornado milionário, ele permanecia com uma vida simples.
Entenda o caso
Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, ganhou a Mega-Sena em 2020. No dia 14 de setembro, ele foi encontrado com sinais de espancamento e chegou a ser levado ao Hospital e Maternidade Municipal Governador Mario Covas, onde chegou com vida, mas morreu pouco depois.
Ele teria sido abordado pelos criminosos após sair de casa para uma caminhada pelo bairro, por volta das 6h30 do dia 13. Os bandidos o obrigaram a fazer saques e transferências no valor de pouco mais de R$ 20 mil e tentaram retirar R$ 3 milhões de sua conta, mas o saque foi negado pelo banco.
De acordo com a polícia, Dias foi jogado à margem da Rodovia dos Bandeirantes. Quatro suspeitos de envolvimento no crime foram identificados e dois estão presos: Rogério de Almeida Spíndola, de 48 anos, e Rebeca Messias Pereira Batista, de 24 — ambos negam a participação no crime.
Já os outros dois suspeitos, Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, de 22 anos, e Roberto Jeferson da Silva, 48, são considerados foragidos. Todos já tiveram as prisões decretadas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como extorsão seguida de morte e é investigado pela delegacia de Hortolândia, com apoio da Deic de Piracicaba.