Homem-bomba de Brasília escreveu mensagens para Trump, Pacheco e Lira
“Donald Trump, se você ama e respeita as crianças, acelera a operação Storm. Mande o FBI aqui para a Ilha de Marajó"
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, “homem-bomba” que morreu na última quarta-feira (13), quando se explodiu em frente do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, escreveu mensagens para o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e também os presidentes da Câmara dos Deputados e Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Tiü França, como era conhecido, publicou as mensagens nas redes sociais. Para o futuro presidente dos EUA, ele escreveu: “Donald Trump, se você ama e respeita as crianças, acelera a operação Storm. Mande o FBI aqui para a Ilha de Marajó. No Brasil, não temos Justiça, nem Polícia Federal. O que temos é Gestapo, mas não serve para nada. Aliás, serve sim: prender velhinhas inocentes.”
Para os presidentes da Câmara e Senado, ele dedicou uma música: “Vou cantar uma música para vocês dormirem bem: senta aqui neste banco pertinho de mim, vamos conversar. Será que você tem coragem de olhar nos meus olhos e me encarar? Agora, chegou a sua hora, chegou a sua vez. Você vai pagar.”
Ele também escreveu mais mensagens, que citam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Sobre o atentado
Na noite da última quarta-feira, um carro explodiu em frente ao STF, em Brasília. O incidente resultou na morte de uma pessoa, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, conhecido como Tiü França. Ele também foi o responsável pela explosão.
Tiü França foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal (PL) em 2020. Antes do atentado, ele anunciou o ato em suas redes sociais. Sobre a data, ele disse: “Eu não gosto do número 13.” Trata-se do número do PT.
Ele também compartilhou prints de mensagens enviadas a si próprio no WhatsApp. Nelas, ele detalhava seu plano de explosão e criticava políticos de esquerda, chamando-os de “comunistas”.