ESPOSA TAMBÉM VAI PRESA

Polícia prende acusado falsificar atestado de óbito para evitar cadeia

A Polícia Federal prendeu Anilson Ricardo Nerys, investigado por falsificar o próprio atestado de óbito…

A Polícia Federal prendeu Anilson Ricardo Nerys, investigado por falsificar o próprio atestado de óbito para arquivar mandados de prisão relacionados ao tráfico de drogas. O mandado de prisão preventiva foi cumprido nesta quinta-feira (13), em Rondônia. A mulher dele, Liamar Maria Aparecida Nerys, também foi presa por suspeita de ajudar o marido. Ela foi detida no prédio em que morava, na região do setor Eldorado, em Goiânia.

Segundo os agentes federais, o homem morava na cidade de Porto Velho (RO), de onde continuava a comandar as atividades ilícitas do grupo depois de ter falsificado o documento no Pará, em 2020. Anilson usava um documento falso para ocultar o seu histórico criminal. Isso porque, ele foi condenado em outras ocasiões por crimes de furto qualificado, homicídio, extorsão qualificada, tráfico de drogas e associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e uso de documento falso.

De acordo com a PF, o investigado uma vida de luxo com o dinheiro obtido a partir dos crimes anteriormente praticados. Ele nem mesmo possui registro de emprego, mas adquiriu inúmeros veículos, além de um imóvel residencial em área nobre, avaliado em aproximadamente R$ 1,5 milhão.

Durante a operação, mais de R$ 9 milhões em bens do casal foram apreendidos, entre carros e imóveis.

Tráfico de drogas

A PF afirma que Anilson é considerado um dos principais traficantes do Brasil, tendo fugido de três presídios em Goiás, Ceará e Mato Grosso do Sul. Contra ele, existem pelo menos quatro mandados de prisão em aberto.

Em 2019, o Governo da Bolívia expulsou Anilson do país, já que ele estava foragido e foi preso em Santa Cruz de La Sierra. Ele foi entregue à Polícia Federal em Corumbá, MS. À época, os policiais federais disseram que ele era conhecido pelo codinome de “Rei”.

Esposa de suspeito de tráfico de drogas ajudava o marido

A esposa do investigado, Liamar Maria Aparecida Nerys, também possui registro criminal pela prática dos crimes de receptação, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Depois que deixou a prisão, passou a se apresentar como empresária, com a aquisição e reforma de um salão de festas, além da compra de veículo de elevado valor.

De acordo com a investigação, Liamar mora em Goiânia, mas ia até Porto Velho constantemente, juntamente com os filhos do casal. Ela foi presa por suspeita de lavar dinheiro do tráfico abrindo empresas na capital.

Marido e mulher devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 20 anos de prisão.