Homem que estava com garoto em Jaraguá será indiciado por estupro de vulnerável
Cleidivan Martins da Cunha, de 23 anos, confessou ter tentado beijar o adolescente a força, mas disse que não houve conjunção carnal
A Polícia Civil de Jaraguá já ouviu os envolvidos no desaparecimento de Paulo César Crisostomo de Almeida, de 12 anos. O garoto ficou desaparecido por cinco dias e foi localizado ontem (8) pela Polícia Militar na companhia de um homem numa fazenda na cidade de São Francisco, a 25 quilômetros do município onde mora.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Tibério Martins Cardoso, o homem que estava com o garoto, Cleidivan Martins da Cunha, de 23 anos, será indiciado por estupro de vulnerável e subtração de incapaz.
Cleidivan, de acordo com o delegado, teria entrado em contato com Paulo através de um perfil falso no Facebook, onde ele se passava pelo ator mirim Thomaz Costa, do SBT. Durante essas convesas, ele teria prometido levar o garoto até São Paulo para ele fazer parte de uma novela infantil. O homem então saiu de Gurupi, no Tocantins, para Jaraguá, onde encontrou com o adolescente e fugiu com ele, a pé, pela zona rural. Os dois teriam passado os dias pedindo comida nas fazendas da região e dormindo no mato.
Nesse período, Cleidivan confessou ter tentado beijar o garoto a força, o que já configura estupro de vulnerável. O adolescente também foi ameaçado a assumir um compromisso amoroso e Cleidivan teria até mesmo forçado o menino a usar uma aliança.
Cleidivan ameaçou o adolescente e o forçou a usar uma aliança de compromisso
Tibério ressaltou que tanto o adolescente quanto o homem disseram em depoimento que não houve conjunção carnal. Ainda sim, Paulo irá fazer exame nesta sexta-feira para constatar ou não o abuso. Cleidivan também passará por exames psicológicos, mas o delegado acredita que, apesar do possível transtorno sexual do rapaz, ele não é inimputável. “Ele tem consciência do que faz”, frisou.
Ainda de acordo com o delegado, Cleidivan conversava com várias crianças em seu perfil no Facebook. “Agora nós vamos entrar em contato com os pais dessas crianças para alertá-los do perigo que estão correndo”, adiantou Tibério.
Cleidivan já possui três registros na polícia goiana por cárcere privado e subtração de incapaz. No início do ano ele chegou a ser preso em Aparecida de Goiânia por manter uma criança em cárcere privado por 20 dias, mas foi solto em maio. Depois, ele voltou para Tocantins, onde ele confessou ter feito outras quatro vítimas naquele estado.