Homem que matou estudante em briga por chope há 11 anos volta ao tribunal, em Anápolis
Depois de um adiamento que deixou parentes e amigos perplexos, há 138 dias, a Justiça reabrirá a audiência amanhã do caso do estudante amanhã
Um novo capítulo na história do assassinato de Jehan Paulo José de Paiva, o estudante de Odontologia que foi morto por causa de chope em uma festa universitária em Anápolis no dia 7 de junho de 2013, será escrito nesta segunda-feira (25).
Depois de um adiamento que deixou parentes e amigos perplexos, há 138 dias, a Justiça reabrirá a audiência amanhã. Vai acontecer no Fórum João Barbosa das Neves, em Anápolis, mesmo local em que houve uma malsucedida tentativa de se julgar o réu, Paulo Victor Sousa Gomes, no dia 8 de novembro do ano passado. A sessão está marcada para começar às 8 horas.
Na tentativa anterior de se realizar o tribunal do júri, tanto a representante do Ministério Público quanto o advogado do réu não compareceram. No caso do advogado, a justificativa foi um atestado médico. Já a promotoria alegou, por nota ao Mais Goiás, que não estava no local porque precisou participar de um outro julgamento, no mesmo horário, que demandava “atuação prioritária”.
Com intuito de evitar um novo adiamento, o Ministério Público de Goiás requereu a nomeação de um defensor dativo (ou um advogado reserva) para o julgamento, um recurso excepcional da justiça. O representante do MP também foi substituído: saiu Camila Fernandes Mendonça e entrou Eliseu Antônio da Silva Belo.
O caso Jehan
Jehan, estudante do 8º período de odontologia da Unievangélica, era o organizador de uma festa para alunos do curso e tentou apartar a briga do médico veterinário Paulo Victor Sousa Gomes com um rapaz que teria tentado furar a fila do chopp. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o veterinário teria se irritado com a intervenção de Jehan e lhe dado um golpe de canivete no tórax. Em interrogatório, Paulo Victor diz que agiu em legítima defesa, mas o pai contesta: “Quem quer se defender dá uma facada na perna, no braço. Não no coração. Ele atacou para matar”.