Os ataques de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) a Marina Silva (PSB) no horário eleitoral afetaram a imagem da ex-senadora perante o eleitor e esse impacto foi mostrado na pesquisa Datafolha de hoje, disse a cientista política Silvana Krause, professora do curso de pós-graduação da UFRGS. O levantamento apontou que Marina perdeu sua vantagem no segundo turno e agora está tecnicamente empatada com Dilma.
“A capacidade de desmistificação de uma candidatura que cresce rapidamente é grande”, avaliou Silvana, referindo-se a Marina. “Nos últimos dois, três dias, essa estratégia está surtindo efeito, de desmistificar esse novo. Que novo é esse?”, questionou. Segundo ela, o eleitor provavelmente está percebendo que “esse novo” não é tão diferente assim.
A professora avaliou que as denúncias envolvendo a Petrobras ainda estão muito recentes e podem chamar mais a atenção do eleitor nos próximos dias, mas ela aposta que o tema corrupção já está bastante esgotado entre o eleitorado. “Não vai ser esse o ponto mais decisivo”, ressaltou, argumentando que o eleitor tem dificuldades para fazer uma avaliação mais criteriosa diante de uma “avalanche de denúncias”. Silvana destacou ainda que mais de 70% do eleitorado não desaprova o governo Dilma e isso é uma vantagem para a petista.