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Hospital de SP desmente rumor de mortes por causa de feijão com larva

Hospital citado divulgou nota esclarecendo que história não é verdadeira.


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O Hospital e Maternidade Santa Joana, de São Paulo, afirmou que não é verdadeiro o relato que tem circulado na internet de que 10 pessoas teriam morrido devido a uma contaminação por feijão com larva, incluindo uma médica da instituição.

O boato – que tem sido divulgado nas redes sociais e em mensagens de WhatsApp – afirma que “feijões com bichos” estariam provocando uma “epidemia de diarreia” e alerta as pessoas a deixarem o feijão de molho no vinagre antes de cozinhá-lo. Na mensagem que tem circulado, a autora cita que o caso foi relatado por uma cunhada que trabalharia no “Hospital Santa Joana”.
 
Nesta quinta-feira (24), a instituição publicou uma nota de esclarecimento sobre o assunto: “O Hospital e Maternidade Santa Joana esclarece que a informação que está circulando nas redes sociais sobre um possível problema com consumo de feijão dentro da instituição não é verdadeira. Não há nenhuma morte de colaborador fora ou dentro do hospital relacionada a qualquer surto de gastroenterite.”

A mesma imagem usada para ilustrar a mensagem sobre a falsa epidemia foi usada em 2013 associada a outro boato: o de que pessoas estariam contraindo doença de Chagas ao consumir feijão.

O médico nutrólogo Carlos Alberto Nogueira, diretor da Associação Brasileria de Nutrologia (Abran) afirma que, caso a história fosse verdadeira, seria uma situação de muita exceção. “Uma larva qualquer, a pessoa vai mastigar, engolir e ela vai virar comida. Comemos larvinhas de goiaba, por exemplo, a vida inteira e não acontece nada. Se existe algum tipo de larva que carregue em si uma bactéria nociva, não tenho conhecimento. Trabalho com alimentos há 18 anos e para mim seria uma coisa nova, ainda que teoricamente possível.”

Dois tipos de contaminação possíveis
Ele esclarece que existem basicamente dois tipos de contaminação por alimentos que podem causar diarreia e vômito. Ela pode ser provocada pela ingestão de toxinas produzidas por bactérias ou fungos presentes nos alimentos. É o caso da maionese estragada, por exemplo. Nessas situações, o paciente começa a apresentar os sintomas pouco tempo depois de ingerir o alimento, pois a toxina já está pronta.

O outro tipo de intoxicação é quando o alimento contém micro-organismos patogênicos que, quando ingeridos, se instalam no organismo do paciente, onde se multiplicam e começam a produzir toxinas que provocam os sintomas. Nesses casos, a reação ocorre até dois dias depois da ingestão do alimento. É o caso das contaminações por Escherichia coli, por exemplo. (Do programa Bem Estar (Globo))