Hospital é condenado a indenizar família de rapaz que morreu após ter atendimento negado
Claydson Wander Aires não tinha plano de saúde nem dinheiro para custear o socorro e teve que esperar por quatro horas até ser transferido
O Hospital Evangélico Goiano (IEG), em Anápolis, terá de pagar R$ 15 mil de indenização por danos morais para a família de Claydson Wander Aires, que morreu depois de ter atendimento negado pelo hospital. O rapaz havia sofrido um acidente automobilístico e chegou ao local em estado grave.
Só depois de mais de três horas esperando na maca é que Claydson recebeu auxílio das enfermeiras, que colocaram “soro e um tubo respiratório”, e depois o acompanharam até o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). No relatório da necrópsia ficou constatado que ele morreu por esmagamento do tórax e com lesão dos órgãos vitais.
A família ressaltou que o hospital não fez o atendimento imediato do paciente, porque ele não possuía plano de saúde, nem dinheiro para custear o socorro médico. Por isso, ajuizou ação na comarca da capital requerendo danos morais, quando o hospital foi condenado a pagar R$ 75 mil de indenização. O hospital, entretanto, interpôs apelação cível.
A decisão, unânime, é da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), que manteve parcialmente sentença da comarca de Goiânia. O relator foi o desembargador Amaral Wilson de Oliveira.