Hungria suspende imposto de internet após protestos
O governo declarou que era necessário incluir a internet na ampliação dos impostos de telecomunicações porque as pessoas estavam usando cada vez mais o serviço para realizarem chamadas telefônicas.
Depois de grandes protestos, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou nesta sexta-feira que o governo iria suspender um imposto planejado para o uso da internet e rever o assunto no próximo ano.
Um plano para fazer os prestadores de serviços de internet pagarem 150 florins (US$ 0,62) por gigabyte de tráfego da internet, mais tarde proposto para ser limitado a diferentes taxas mensais para usuários individuais e empresariais, levou dezenas de milhares de pessoas a mostrarem descontentamento durante dois protestos na capital, Budapeste, durante esta semana.
Muitos manifestantes também consideram o imposto como outro esforço do primeiro-ministro de centralizar o poder, abafar os meios de comunicação e aumentar significativamente o papel e a influência do Estado em muitas esferas, como negócios, religião, educação e esportes.
Orban afirmou que o imposto não seria introduzido porque “as pessoas têm questionado a racionalidade” da medida. No entanto, ele disse que o governo vai realizar uma consulta nacional a partir de meados de janeiro sobre regulação e tributação da internet.
Inicialmente, o governo classificou os protestos como uma iniciativa esquerdista, contudo, logo ficou claro o imposto planejado mobilizou principalmente multidões de jovens de todo o espectro político, incluindo muitos que disseram estar em protestos pela primeira vez.
O governo declarou que era necessário incluir a internet na ampliação dos impostos de telecomunicações porque as pessoas estavam usando cada vez mais o serviço para realizarem chamadas telefônicas. (Associated Press)