Ideb 2014 coloca em xeque estados e municípios, diz ministro
Henrique Paim alega que o governo está tomando o cuidado necessário para publicar as informações, repassadas para a Casa Civil há 16 dias
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Em meio a acusações de interesse eleitoral em relação ao atraso na divulgação do resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) deste ano, o ministro da Educação, Henrique Paim, minimizou o fato. Declarou que o governo Dilma Rousseff está tomando o cuidado necessário para publicar as informações porque elas “colocam em xeque a gestão de estados e municípios”.
Segundo divulgou o jornal O Globo, o Governo federal já tem as informações consolidadas prontas para divulgação. Os dados foram repassados para a Casa Civil da Presidência há 16 dias e já passaram pelo crivo técnico do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC). A pasta é responsável pelas avaliações federais.
O MEC informou quarta-feira que os dados serão publicados até hoje. Mas, questionado sobre cumprir tal prazo, Paim se limitou a dizer: “Estamos preparando e vamos avisar a vocês”.
Na quarta, o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), presidente da Comissão de Educação do Senado, afirmou ao jornal Valor Econômico que irá convidar o ministro a explicar no colegiado os motivos do atraso. “Queremos ter toda a segurança para divulgar esses números. O resultado coloca em xeque a gestão dos estados e municípios, por isso temos todo o cuidado em divulgar”, afirmou Paim.
O Ideb é o principal indicador da qualidade do ensino do País. Divulgado de dois em dois anos, é calculado a partir do desempenho de alunos em testes de Português e Matemática, e das taxas de aprovação no ensino fundamental e médio. É a partir do Ideb que é possível monitorar o desempenho de gestores municipais e estaduais na Educação, além de saber se a Nação está cumprindo as metas estabelecidas para cada etapa de ensino.
Matemático
O ministro participou do início de uma entrevista coletiva à imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília com Artur Ávila, vencedor da Medalha Fields, tida como o “prêmio Nobel da Matemática”. Ele foi o primeiro latino-americano e com formação completa em um país em desenvolvimento a receber a condecoração. Ávila concluiu seus estudos no Brasil, tendo cumprido o mestrado e o doutorado no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa).
Ávila se reuniu com a presidente Dilma Rousseff e ministros. Segundo ele, foram discutidos temas relativos à educação no País, investimentos na área e seus estudos desenvolvidos no Brasil.