APÓS CONFUSÃO

Idosa que recebeu doses diferentes de vacinas recebe reforço da CoronaVac

Uma mulher de 90 anos que havia recebido duas doses diferentes de vacinas contra o…

Uma mulher de 90 anos que havia recebido duas doses diferentes de vacinas contra o coronavírus recebeu neste sábado (20) a uma terceira dose. Desta vez, a segunda da Coronavac.

A necessidade de nova dose se deu porque Encarnação Morata, aposentada que mora na cidade de Lucélia (SP), a 520 km de São Paulo, havia recebido uma dose da Coronavac e uma do imunizante da AztraZeneca, o que não é aconselhado por especialistas.

Diante disso, a Secretaria de Saúde da cidade decidiu imunizá-la com a segunda dose da vacina que ela havia tomado a primeira vez, a fim de garantir a cobertura correta.

Com o impasse, ao menos uma dose da vacina foi desperdiçada em Lucélia, já que o segundo imunizante aplicado em dona Encarnação, da Universidade de Oxford, não terá efeito algum. Até o momento, a cidade vacinou 1,7 mil pessoas com a primeira dose e 626 com a segunda. O município tem 21.886 habitantes e, portanto, vacinou 7,7% da população com a primeira dose e 2,86 com a segunda.

Embora tenha garantido a segunda dose da Coronavac, dona Encarnação somente estará completamente imune, segundo informações do Instituto Butantan, após duas semanas de ter sido vacinada.

Relembre o caso

O caso acabou virando uma confusão depois que a família denunciou o ocorrido. A Secretaria de Saúde justificou o erro à época, jogando a responsabilidade na família.

A explicação foi de que a família não informou aos técnicos de que a mulher já tinha sido vacinada e que, portanto, deveria receber a segunda dose do imunizante, e não a primeira de outra farmacêutica.

A Prefeitura explicou ainda que, como a idosa foi vacinada em casa, a equipe não tinha acesso ao sistema Vacina Já, do Governo de São Paulo, que controla todos os vacinados em São Paulo. Mas a secretaria não soube dizer quando os nomes de quem são vacinados em casa vão para o sistema.

Também não houve explicações sobre o fato de que, na data da segunda dose de vacinação, em março, todos os idosos de 90 anos já deveriam estar imunizados na primeira dose.