Incêndio que provocou apagão em Amapá não foi causado por raio, aponta laudo
A Polícia Civil do Amapá informou nesta quarta-feira (11) que um laudo preliminar realizado no…
A Polícia Civil do Amapá informou nesta quarta-feira (11) que um laudo preliminar realizado no transformador que pegou fogo em uma subestação em Macapá descartou que um raio tenha sido o causador do incêndio.
Segundo o laudo, foi detectado que o incêndio no transformador teve início após uma peça do equipamento superaquecer.
O para-raios do local também não acusou nenhuma anormalidade. O incêndio provocou um apagão em 13 das 16 cidades do estado, afetando cerca de 700 mil pessoas.
As informações são da Agência Brasil.
“O perito emitiu uma constatação informando que o problema ocorreu em uma das buchas do transformador, houve um superaquecimento, e isso gerou o incêndio. E esse incêndio foi contido pelo corpo de bombeiros do estado. Na empresa não havia uma guarnição que pudesse conter o fogo”, informou a delegada Janeci Monteiro.
Dos três transformadores existentes no local, um pegou fogo e sobrecarregou o segundo, que acabou danificado. O terceiro já não estava funcionando.
Um outro laudo, mais detalhado, ainda será divulgado posteriormente.
Policiais apreenderam nesta quarta documentos nas instalações da empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), a concessionária do serviço energético no Amapá como parte de investigações se o incêndio foi provocado por ação humana.
Funcionários foram intimados a depor, mas detalhes não foram divulgados.
Consultada pela Agência Brasil, a LMTE informou que colabora com as autoridades e que está “totalmente focada na retomada de 100% da energia no estado”.
Na véspera, a empresa informou que a carga estava próxima de 80%.
Em nota, a LMTE disse ainda que estava operando de acordo com o contrato vigente e a anuência dos órgãos reguladores, e que as causas do acidente ainda estão sendo investigadas.
A LMTE disse que não tomou conhecimento de nenhuma acusação formal ou processo judicial sobre supostas alegações de atentado ao serviço público e bloqueio de bens da empresa.
O apagão deixou praticamente todo o estado sem energia por cerca de 80 horas. Após esse primeiro momento, a luz começou a ser distribuída, mas de forma insuficiente. Regiões ficam por algumas horas com luz e depois ela é cortada, para que outras regiões passem a receber luz.