Mercado de Trabalho

Indicador antecedente de emprego recua 0,8 ponto em julho, diz FGV

Índice é medido com base na expectativa de consumidores e de empresários da indústria e dos serviços, em relação ao futuro do mercado de trabalho

O Indicador Antecedente de Emprego recuou 0,8 ponto de junho para julho deste ano, atingindo 94,7 pontos em uma escala de zero a 200 pontos. O indicador teve a quinta queda consecutiva e chegou ao menor nível desde dezembro de 2016 (90 pontos). As informações são da Agência Brasil.

Desde o segundo trimestre de 2014, início da crise econômica, o indicador não recuava por cinco meses consecutivos, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas. O índice é medido com base na expectativa de consumidores e de empresários da indústria e dos serviços, em relação ao futuro do mercado de trabalho.

“O Indicador Antecedente de Emprego continua sua trajetória de queda, convergindo para níveis próximos da média histórica prévia a crise (87 pontos). Este fato mostra que a geração de emprego ao longo dos próximos meses deverá ser mais modesta, relacionando-se com o crescimento econômico mais moderado do que o previamente esperado”, disse, em nota, o economista do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) Fernando de Holanda Barbosa Filho.

O Indicador Coincidente de Desemprego, que busca refletir a opinião dos consumidores sobre o mercado de trabalho atual, no entanto, apresentou melhora. O ICD tem uma escala invertida, ou seja, quanto menos pontos registrar, melhor é a situação do mercado de trabalho. O indicador recuou 1 ponto de junho para julho e atingiu 96,1 pontos em uma escala de zero a 200 pontos (em que zero é a melhor situação).

Para a FGV, apesar da melhora no ICD, a pesquisa sinaliza para um mercado de trabalho bastante difícil.