Inflação

Inflação de Goiânia fechou agosto em 0,65%

Em agosto de 2013, a taxa havia sido de 0,27%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em Goiânia teve variação de 0,65% em agosto e ficou bem acima da taxa negativa de 0,21% registrada em julho passado. Com isso, o acumulado no ano foi para 4,74%, superior à taxa de 3,22% do mesmo período de 2013. Nos últimos 12 meses, o índice situa-se em 7,49%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (7,20%). Em agosto de 2013, a taxa havia sido de 0,27%.

O índice inflacionário na capital é medido pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan). Segundo os pesquisadores do IMB/Segplan, o aumento no índice foi impactado, principalmente, pelos reajustes nos preços de produtos e serviços dos grupos Habitação (1,05%), Transportes (1,01%), Artigos Residenciais (1,74%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,14%).

Entre os produtos que tiveram maior alta de preço em agosto, destacam-se os combustíveis (alta de 2,82%), energia elétrica (3,03%), produtos de limpeza (1,80%), mobiliário (3,80%) e produtos de higiene pessoal (2,29%). Os pesquisadores observam ainda que todos os grupos de despesas que compõem o IPC Goiânia apresentaram alta de preços no período. Dos 205 produtos e serviços pesquisados, 104 tiveram elevações nos preços, 51 ficaram estáveis e 50 tiveram quedas, na comparação com o mês de julho.

Aumentos disseminados
De acordo com o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do IMB/Segplan, Marcelo Eurico de Sousa, o índice de variação acumulado no ano de 4,74% é preocupante e significa que os preços vêm subindo de forma disseminada, não sendo possível apontar um aumento concentrado sobre um único grupo de despesas. “Trata-se de vários preços bastante elevados encontrados dentro dos mais variados grupos de despesas como habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais entre outros”, explica ele.

Cesta básica
Como a alta de preços não se deu de maneira significativa nos alimentos, o custo da cesta básica na capital acabou refluindo em -0,84%. Com o resultado, o custo da cesta básica acumula variação de 1,76% no ano e 3,74% nos últimos 12 meses. O valor total da cesta para uma pessoa fechou agosto em R$ 248,24 ante R$ 250,34 no mês anterior.

De acordo com Marcelo Eurico, pelo terceiro mês consecutivo o grupo de hortaliças e tubérculos apresentaram variações negativas, o que ocasionou os maiores recuos  observados no grupo alimentação: legumes/tubérculos (-6%), óleo (-5,47%), frutas (-3,08%), açúcar (-2,67%) e margarina (-2,42%). Da lista de 12 produtos que compõem a cesta básica, apenas três tiveram aumento de preços: leite (4,30%), carne (2,97%) e farinha/massas (1,08%).

Segundo ele o índice inflacionário do mês de setembro deverá ser impactado sobretudo pelo preço do gás de cozinha, com um aumento de 7%, e pela perspectiva de reajuste da tarifa de energia elétrica que deverá ficar em torno de 25%. Já o grupo dos combustíveis apresentará o contrapeso, já que houve  recuo significativo nos preços, registrado já no início do mês de setembro, o que deverá oferecer um equilíbrio para o índice inflacionário deste mês.