Inflação de janeiro em Goiânia é a maior desde 2003
No acumulado dos últimos 12 meses o índice foi para 9,12% acima do resultado de 5,74% registrado em 2014.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na capital em janeiro de 2015 ficou em 1,78% e é o maior para esse período desde o ano de 2003, quando foi registrado índice inflacionário de 2,60% em Goiânia.
De acordo com apuração e avaliação do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) o índice mais que dobrou em janeiro de 2015 em relação a dezembro passado.
No acumulado dos últimos 12 meses o índice foi para 9,12% acima do resultado de 5,74% registrado em 2014. Em janeiro de 2014 a taxa havia sido de 1,13% e em dezembro passado foi de 0,88%.
PRINCIPAIS IMPACTOS
No ranking dos principais impactos na inflação de janeiro em Goiânia o grupo Habitação liderou com a elevação da energia elétrica em 10,45%. De acordo com o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do IMB, Marcelo Eurico de Sousa, a atual bandeira tarifária em vigor e a elevação do PIS e Cofins foram responsáveis por essa elevação. O grupo Alimentação também foi responsável pela elevação do índice inflacionário.
O feijão carioca apresentou elevação de 14,36%; o arroz de 3,11%; a batata inglesa e a cebola apresentaram acentuada elevação com 27,08% e 25,10% respectivamente.
O tomate apresentou elevação de 22,36% e a melancia alta de 24,30%. De acordo com Marcelo Eurico, o período de entressafra e de final de safra de alguns alimentos, como o tomate por exemplo, com consequente menor oferta desses produtos, contribuiu para a elevação dos preços.
Segundo ele a menor oferta de animais para o abate fez com que a oferta de carne diminuísse no mercado e, consequentemente com que os preços desse alimento se elevassem, no caso da carne bovina esse aumento foi de 4,31%.
No grupo Educação, a mensalidade escolar do ensino fundamental apresentou aumento de 16,41%, e a do ensino médio apresentou elevação de 18,59%. Os artigos de papelaria apresentaram elevação de 6,52%. Esse grupo ainda foi impactado pelo período de matrículas escolares.
O grupo de Vestuário apresentou recuo de -1,07% com redução nos preços de roupas em geral. As camisas masculinas, por exemplo, apresentaram recuo de -5,43% e saias recuo de -6,42%. Já o tênis adulto teve redução de -3,47%. De acordo com Marcelo Eurico essa redução se deve às promoções muito comuns em períodos pós-natalinos e que seguem acontecendo.
CESTA BÁSICA
O custo da cesta básica subiu 2,50% em Goiânia no mês de janeiro, alcançando o valor de R$ 274,84 segundo levantamento do IMB/Segplan. Em dezembro passado, o custo era de R$ 268,13. Dos 12 itens que compõem a cesta básica, oito tiveram aumento de preço e quatro apresentaram redução. No acumulado de 12 meses, a alta da cesta básica já registra elevação de 11,37%.
Dentre os produtos da cesta que mais registraram aumento de preços em janeiro destacaram-se as frutas (com alta de 12,46%), o feijão com alta de 9,06%, e os legumes/tubérculos de 5,77%. O leite longa vida integral e o pão foram os itens com maior recuo de preços, respectivamente -4,31% e -2,22%.
O IMB/Segplan calcula e divulga mensalmente o impacto do IPC sobre a renda de famílias que recebem de um a cinco salários mínimos por mês. O índice de inflação é obtido através da comparação dos preços médios dos produtos e serviços pesquisados do primeiro ao último dia útil do mês, com os preços coletados no mesmo período do mês anterior.