Transporte

Iniciado um ano antes que terminal de Goiânia, Aeroporto de Macapá está longe de ficar pronto

O que os aeroportos de Goiânia e Macapá têm em comum? As obras começaram em…

O que os aeroportos de Goiânia e Macapá têm em comum? As obras começaram em datas próximas, e ambas tiveram problemas na execução. Na capital do Amapá, os trabalhos se iniciaram em 2004 e na capital goiana, em 2005. Com indícios de irregularidades, as duas foram paralisadas e retomadas com muito custo – político e financeiro. Mas as coincidências param por ai.

As obras do terminal de Macapá, que começaram antes, estão longe de ser concluídas, enquanto em Goiânia as operações do novo aeroporto começaram no último dia 21 de maio. Na capital amapaense, após 12 anos, as obras não atingiram nem 20% da execução. No início do ano, a Infraero anunciou que o novo terminal de passageiros será entregue em dezembro de 2016 e a conclusão total em julho de 2017.

Dos R$ 163 milhões destinados para a construção, pelo menos R$ 100 milhões estão no orçamento da União previsto para 2016. Até dezembro de 2015, um total de R$ 10 milhões haviam sido aplicados no aeroporto, segundo a imprensa local. Cerca de 10,5% da construção estão finalizadas, contemplando ao todo a conclusão do acesso viário, reforma da pista de aeronaves, estacionamento e pontes de embarque, com conectores, elevadores e escadas rolantes.

Ainda segundo a imprensa de Macapá, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou suspeitas de fraude e desvio de R$ 113 milhões em verbas do aeroporto da capital amapaense. O tribunal determinou a paralisação total das atividades em 2007. A investigação resultou na Operação Navalha, da Polícia Federal (PF). O novo edital lançado em junho de 2014 passou por outra auditoria do TCU, que liberou o reinício das obras, de responsabilidade do consórcio EPC-WVG, vencedor do certame através da modalidade Regime Diferenciado de Contratações (RDC).

Em Goiânia, a implantação de um novo terminal de embarque de passageiros foi iniciada em 2005 e paralisada em 2007 por indícios de irregularidades. Após novo edital, a construção reiniciou em 2015. De acordo com a Infraero, a Odebrechet, que venceu a licitação, paralisou as atividades no Aeroporto Santa Genoveva seis meses depois do início, alegando falta de repasses de recursos federais.

Em 2011, Infraero, Governo de Goiás e representantes do consórcio responsável pela obra, assinaram acordo para garantir a conclusão do novo terminal. Mas em junho de 2012, uma vistoria do TCU constatou que o projeto original ficou ultrapassado e precisou ser atualizado. Estes e outros problemas, entretanto, foram vencidos por conta da atuação do governador Marconi Perillo junto ao governo federal.

Por fim, em 21 de maio de 2016, o novo aeroporto de Goiânia entrou em atividade, com investimentos de R$ 467,4 milhões. O terminal tem dois andares, com 34,1 mil metros quadrados, quatro pontes de embarque, 23 balcões de check-in, 11 elevadores, três esteiras de restituição de bagagem e sete canais de inspeção (com raio-x e detectores de metais) e estacionamento com 971 vagas.