Inquérito apura responsabilidade em caso de menino atacado e mutilado por tigre
O inquérito foi instaurado ainda na quarta-feira (30), data do acidente.
A Polícia Civil investiga a responsabilidade sobre o acidente em que um tigre atacou um menino de 11 anos no zoológico de Cascavel, no oeste do Paraná. O garoto teve o braço direito amputado na altura do ombro.
De acordo com a polícia, o pai e o guarda patrimonial do zoológico podem responder por crime de lesão corporal. O inquérito foi instaurado ainda na quarta-feira (30), data do acidente.
Imagens registradas por testemunhas mostram o momento em que a criança brinca na grade de segurança. Primeiro, alimentando e acariciando um leão. Depois, pula e corre perto de um tigre. O menino passou por uma cirugia durante a noite e permanece internado, mas seu estado de saúde é estável, sem risco de morte.
Após o acidente, o pai foi detido para prestar esclarecimentos e liberado. Ele está acompanhando o tratamento do filho no Hospital Universitário (HUOP), e não falou sobre o caso. Segundo a polícia informou ao portal G1, a criança mora em São Paulo e foi passar férias na casa do pai.
A Prefeitura de Cascavel, responsável pelo zoológico, emitiu uma nota sobre o caso na quarta-feira.
Leia a íntegra:
A veterinária Gladis Dalmina, funcionária do Zoológico de Cascavel, confirmou que na tarde de hoje (30) aconteceu um acidente envolvendo uma criança de aproximadamente 11 anos, que ultrapassou a grade de segurança da jaula e foi atacada por um felino, o Tigre Hu.
Segundo integrantes da equipe de cuidadores, o menor foi incentivado pelo próprio pai a correr em volta da jaula, dentro da grade de proteção, provocando o animal. O pai ignorou todas as placas de alerta para evitar se aproximar do local e não ouviu apelos de quem o observava para cessar a brincadeira.
Populares que assistiam à cena, gravaram a movimentação e avisaram os responsáveis, contrariados com o comportamento do pai da criança.
Em certo momento, o menino teria colocado o braço entre as grades, quando foi atacado pelo tigre. O Siate foi chamado e providenciou o atendimento e a remoção da criança ao Hospital Universitário, onde recebe os cuidados.