Homicídios

Integrantes da quadrilha de Iterley são presos acusados de matar remanescentes do bando de Thiago Topete

Um adolescente também foi apreendido e um suspeito continua foragido. Polícia acredita que operação devolverá paz aos moradores da região do Parque Anhanguera

Apontados pela polícia como integrantes da quadrilha do narcotraficante Iterley Martins de Souza, de 33 anos, oito homens foram presos durante uma ação da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) em Goiânia.

Junto com um adolescente de 16 anos que também foi apreendido, e com outro suspeito que está foragido, eles seriam responsáveis pelo assassinato de dois membros da quadrilha do também traficante Thiago César de Souza, o Topete, que é rival de Irteley, e que foi morto há duas semanas durante um motim na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães — POG.

A primeira vítima dos membros da quadrilha de Iterley, segundo a polícia, foi Carlos Roberto de Oliveira Júnior de 32 anos, que era traficante no Bairro Alvorada. Carlos foi assassinado com vários tiros em oito de janeiro por Wellington Douglas Veloso Borges, de 21 anos, Raul Marques de Alarcão de 22 anos, Célio Roberto do Nascimento de 40 anos, Alírio Washington Ananias da Silva, de 31 anos, e por um adolescente de 16 anos em um bar no Jardim Europa. Com exceção de Raul Alarcão, que está foragido, os outros três executores foram presos, e o menor apreendido.

Já Emanuel Felipe Mesquita de Castro, de 19 anos, e Jefferson Henrique de Sousa, de 20 anos, que também foram presos, são apontados como autores do assassinato de Mauro Sérgio Nascimento, de 23 anos. Ele foi morto a pauladas em 14 de janeiro no Jardim Europa. Além deles, a Polícia Civil prendeu temporariamente Cleomar Ferreira Alves Júnior, de 25 anos, André Ricardo da Silva Barreto, de 35 anos, e Romédio Siqueira, de 39 anos. Todos eles, segundo o delegado Dannilo Proto, adjunto da DIH, são integrantes da quadrilha de Iterley, e estão sendo investigados pela prática de pelo menos mais 10 assassinatos na região do Parque Anhanguera.

“O que nós apuramos é que todo e qualquer assassinato só acontece após uma autorização que vem dos gerentes do tráfico e do próprio Iterley, que atualmente cumpre pena em um presídio federal, mas dá as ordens durante as visitas que recebe ou mesmo pelo telefone. Nos surpreendeu durante essa operação a oitiva do menor, que assumiu três assassinatos, e o relato de outros presos, que também confessaram participação em outras mortes que já estão sendo investigadas. O que posso garantir é que essas prisões trarão um pouco de tranqüilidade aos moradores do Parque Anhanguera e região”, pontuou Dannilo Proto.