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Duas pessoas morreram e outras 24 estão desaparecidas em consequência de fortes chuvas que caíram no norte do Chile, informou nessa quarta-feira (25) o governo nacional, que decretou “o estado de exceção” na região de Atacama e na cidade de Antofogasta.
As chuvas deixaram mais de 2.300 desabrigados em Atacama e afetaram as operações da estatal de cobre Codelco.
As chuvas afetaram as operações nos aeroportos de Calama e Antofagasta, e a companhia aérea LAN justificou os atrasos devido a problemas nos serviços de fibra ótica que afetam “as comunicações nas regiões do norte do Chile”.
O temporal teve início na tarde de terça-feira (24), com uma precipitação rara no árido norte chileno, o que elevou o nível dos rios e inundou a cidade de Copiapó, de 160 mil habitantes, situada 800 km ao norte de Santiago.
O governo chileno decretou o “estado de exceção constitucional por catástrofe” na região de Atacama e em Antofagasta, e a presidente Michelle Bachelet se encontra na zona afetada pela inundação.
A medida de exceção implica na “tomada de controle da região pelas Forças Armadas”, destacou o ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, ao anunciar o decreto oficial sobre Atacama.
Posteriormente, o subsecretário do Interior, Mahmud Aleuy, informou o estado de exceção também na cidade de Antofagasta, diante da negativa da população de abandonar suas casas nas zonas de risco.
As chuvas no norte, onde está o deserto do Atacama, se contrapõem à situação de seca e ferozes incêndios florestais que já destruíram milhares de hectares de bosques no sul do país.