Brumadinho

Israelenses foram subutilizados nas operações de resgate em Brumadinho

A tropa israelense que veio auxiliar no resgate às vítimas do rompimento da barragem em…

A tropa israelense que veio auxiliar no resgate às vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho foi subutulizada. A informação foi dada por fontes ligadas à coordenação da operação ao jornal Estado de Minas.  De acordo com essas informações, a permanência da ajuda internacional em campo foi reduzida.

Oficiais brasileiros afirmaram que menos de 10% do volume de equipamentos trazidos para a missão foram desencaixotados. Apenas os aparatos de sobrevivência foram abertos pelos israelenses.

“Aqui, os israelenses eram auto-suficientes. A comida deles e até a água que bebiam era própria. Não dependiam das forças brasileiras para nada. A única coisa que nos pediam era instruções sobre quais os pontos em que poderiam atuar, onde deveriam ser empregados”, disse um oficial que não quis se identificar.

As forças estrangeiras, de acordo com outro oficial, ficaram mais tempo alojados em um estádio de futebol localizado na região do rompimento do que nos trabalhos de resgate. “Os militares de Israel aparentavam estar ansiosos para trabalhar e não estavam confortáveis com sua subutilização”, disse o oficial, que também não se identificou.

Nesta quarta (30), durante o último dia de atividades dos estrangeiros no local, as atividades foram interrompidas por uma forte chuva de granizo, que interrompeu as operações. Ao voltarem para o centro de operações, era possível ver que socorristas de Minas Gerais e de São Paulo estavam cobertos de lama e aparentavam estar muito cansados. Já os israelenses, de acordo com o Correio Braziliense, riam e até gargalhavam, mas tinham os uniformes limpos.

De volta pra casa

No total, 136 soldados e oficiais israelenses vieram ao Brasil para a missão. Eles voltaram na tarde desta quinta-feira (31), depois de uma solenidade de agradecimento que contou com a presença da Polícia Militar, do Comando Aéreo e do Corpo de Bombeiros de Minas, bem como a do governador Romeu Zema.

Apesar do desconforto com a subutilização, a relação entre estrangeiros e brasileiros foi bastante tranquila. Eles deslocavam com aeronaves da PM e do Exército. Além disso a convivência era bastante amigável entre as tropas e oficiais dos dois países. Os soldados trocaram patches, tiraram selfies e trocaram lembranças e presentes.