Jovem é expulso de shopping por usar faixa com suástica nazista no PE; vídeo
Quando foi abordado pelos policiais, o rapaz alegou que aquilo "era a sua liberdade"
Um jovem que utilizava uma faixa no braço esquerdo que tinha uma suástica nazista foi expulso de um shopping em Caruaru, no Pernambuco, na última quinta-feira (17). Ao ser abordado, o rapaz disse que o ato representava “a sua liberdade”.
O flagrante realizado pelo segurança do shopping aconteceu após os clientes que estavam no centro de compras se sentirem incomodados com a presença do jovem. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra que o rapaz estava com o símbolo do nazismo sobre uma camiseta de manga longa preta com capuz.
Vale lembrar que o uso de símbolos nazistas no Brasil é crime. O artigo 20 da Lei 7.716/89, alterada pela lei 9.459/97, fala que “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”, tem pena de reclusão de um a três anos e multa.
Apesar do flagrante, o shopping não registrou um boletim de ocorrência. Pelas redes sociais, o centro de compras disse que repudia toda e qualquer forma de apologia ao movimento nazista. A Polícia Militar não chegou a ser acionada.
Secretário de Turismo é demitido
O ato criminoso ainda ganhou defensores nas redes sociais e um deles partiu do secretário de Turismo de Maceió (AL), Ricardo Santa Ritta. No Twitter, ele publicou: “Hoje descobri que qualquer elemento com a “suástica” é crime federal no Brasil. Pensava que a liberdade de expressão permitisse.”
O ato custou o cargo dele. Ricardo foi exonerado pelo prefeito da capital alagoana, João Henrique Caldas (PSB). O comunicado foi postado nas redes sociais da prefeitura. O comentário dele gerou grande repercussão negativa nas redes sociais. Os internautas cobraram a demissão do secretário, além de um posicionamento do PDT, partido pelo qual Ricardo é filiado.
Diante do caso, o ex-secretário chegou fazer mais duas postagens onde tentava se justificar dizendo que se tratava de “opinião pessoa” e que apenas “não sabia que era crime”. Ele ainda se desculpou pelo ato.
*Com informações G1 e Uol