Jovem perseguida e morta na UEG foi vítima de feminicídio, conclui delegado
A Polícia Civil (PC) concluiu, nesta segunda-feira (18), as investigações acerca da morte de Ana…
A Polícia Civil (PC) concluiu, nesta segunda-feira (18), as investigações acerca da morte de Ana Carolina Emídio, de 20 anos, perseguida e morta nas imediações da Universidade Estadual de Goiás (UEG). A jovem foi assassinada após não aceitar namorar com o autor do crime. Ela foi morta uma semana depois de recusar o relacionamento com o rapaz, no início da manhã do dia 4 de fevereiro deste ano, em Caldas Novas, a 167 quilômetros de Goiânia.
Ao Mais Goiás, o delegado responsável pelo caso, Tibério Martins Cardoso, afirmou que o inquérito apurava, no início, se a morte de Ana Carolina estaria relacionada à dívida de drogas. Após investigações ficou confirmado que a motivação do crime teria sido em razão da vítima não aceitar a namorar com o traficante Paulo Rogério Lima, de 34 anos.
“Ela [Ana Carolina] sempre se aproximava dele [Paulo] quando queria comprar drogas, mas depois se afastava. Paulo começou a gostar dela e sempre dizia para ela o assumir, mas Ana não tinha interesse afetivo nele”, completa.
Veja no vídeo abaixo o momento em que Ana Carolina é perseguida por Paulo Rogério:
Ameaças
Segundo o delegado, Paulo Rogério teria ido à residencia da vítima uma semana antes do crime dizendo para ela assumir o relacionamento com ele. Na ocasião, o autor a ameaçou com uma arma de fogo, chegando colocá-la arma na boca de Ana.
O autor morreu sete dias depois do crime em um bar da cidade. Paulo foi morto a tiros, no dia 11 de fevereiro, por um homem que teria passado a tarde toda bebendo com ele. O suspeito alegava que havia sido ameaçado por Paulo e, por isso, decidiu matá-lo. Ele foi preso e conduzido para a Unidade Prisional de Caldas Novas.
Ainda conforme o delegado, Paulo Rogério era um indivíduo de alta periculosidade, tendo passagens por tráfico de drogas e receptação. Ele também era investigado por outros dois homicídios ocorridos em Caldas Novas
Durante o inquérito, Tibério ouviu nove pessoas que testemunharam a morte de Ana Carolina. Em razão da morte do autor, o inquérito foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário para o arquivamento.
O Mais Goiás, tentou contatar a UEG, mas até a publicação da matéria nossas ligações não foram atendidas.
*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo