Juiz manda Eduardo Leite apagar vídeos com imagem de Chico Buarque das redes sociais
A Justiça do Rio determinou que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite…
A Justiça do Rio determinou que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), apague os vídeos com imagens do cantor que o tucano publicou em redes sociais com imagens do cantor Chico Buarque.
Em sua decisão de tutela de urgência, o juiz Fernando Rocha Lovisi, do 6º Juizado Especial Cível do Rio, ainda estipula multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento. “A permanência da publicidade indevida será de difícil reparação para a imagem e nome do autor”, aponta ele.
Juiz manda Eduardo Leite apagar vídeos com imagem de Chico Buarque 13 dias após postagem
O material foi postado por Leite no dia 7 de setembro e consiste em uma campanha para promovê-lo. Na filmagem, o político fala em colocar o Brasil de volta no centro, para além das polarizações políticas. O tucano tenta se firmar como candidato do PSDB para a eleição presidencial de 2022.
Na peça, vestido de amarelo em frente a um fundo verde, Leite afirma que “ninguém vai roubar as cores do Brasil”. Ele diz que os tons da bandeira não são de Bolsonaro ou de Lula, mas dos brasileiros.
Ele então cita regiões do território nacional e diz que é um Brasil que “precisa voltar para o centro”.
Na continuação do vídeo, Leite classifica o país do “nós contra eles” como um “Brasil pequeno”, como se fosse “um Brasil de Pelé contra Garrincha, do [Gilberto] Gil contra o Caetano [Veloso], do mestre-sala contra porta-bandeira”.
O governador gaúcho então fala em aceitar, respeitar e conversar com as diferenças entre os brasileiros, sem conflitos.
“Basta ver em Chico Buarque e Sérgio Reis duas belezas musicais, e não só duas escolhas políticas. Basta lembrar que nós, assim como eles, somos todos brasileiros”, diz Leite no vídeo.
Chico Buarque é um apoiador histórico do PT, ao passo que o bolsonarismo de Sérgio Reis ganhou evidência recentemente após o cantor se tornar alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal por causa de sua participação na divulgação de pautas antidemocráticas relacionadas aos atos de 7 de setembro.