E A NOÇÃO?

Juíza é criticada após vídeo burlando o uso de máscara; assista

Ludmila Lins também se diz contrária à vacina contra covid-19 e, no réveillon, publicou vídeo com a legenda "#AglomeraBrasil"

(Foto: Reprodução Twitter)

Na última segunda-feira (4) a juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, publicou um vídeo no Twitter com o intuito de “ensinar” a burlar o uso de máscara “de forma legítima” e “ainda posar de bondoso”. Tomando sorvete, Ludmila aparece andando com uma máscara pendurada na orelha, o que não é recomendável.

“Passo a passo para andar sem máscara no shopping de forma legítima, sem ser admoestado e posar de bondoso: 1- compre um sorvete. 2- pendure a máscara no pescoço ou na orelha, para afetar elevação moral; 3- caminhe naturalmente” escreveu a magistrada.

Na gravação, a juíza que atua em Buritis (MG), diz ainda que “o vírus não gosta de sorvete”.

Assista ao vídeo:

Desde o dia 18 de abril do ano passado, o uso de máscara de proteção é obrigatório em Minas Gerais.

Nas redes sociais, vários internautas criticaram a atitude da mineira. “Só não esquece que não dá pra tomar sorvete quando estiver intubada“, escreveu um usuário do Twitter. “Tudo isso pra andar num shopping?! Além de mau caráter essa juíza também é pequena e cafona” publicou outro.

A favor de aglomerações e contra vacina

Ludmila Lins Grilo também se diz contrária à vacina contra covid-19. “A ideia de que a vacina é segura e pode ser imposta pelo Judiciário não é unânime nem entre os médicos, nem entre os juristas” disse ela em outra ocasião.

No réveillon, a juíza publicou um vídeo onde mostra pessoas comemorando a passagem de ano na Rua das Pedras, um dos pontos turísticos de Búzios, no Rio de Janeiro. Na gravação, Ludmila filma as pessoas não respeitando o distanciamento social. “#AglomeraBrasil” escreveu.

“Uma cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão. Aqui, a vida continua. Foi maravilhoso passar meu Réveillon nessa vibe”, publicou no Twitter.

Apuração

O advogado José Belga Assis Trad entrou com pedido junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar a conduta da juíza.

“Ao se manifestar contra as recomendações das autoridades, embora não tenha formação e não seja médica sanitarista, o público que tem acesso ao conteúdo das postagens passa a confundir a opinião, infundada, da magistrada com a da magistratura” diz Trad no pedido.