Justiça da Alemanha mantém prisão das duas goianas detidas há um mês
Jeanne Paollini e Kátyna Baía passaram por audiência de custódia na última quarta-feira (5)
A justiça alemã manteve a prisão das goianas presas em Frankfurt com malas, que não são delas, em que havia 40 quilos de cocaína. As malas teriam sido trocadas no aeroporto de Guarulhos, pelo que aponta a investigação preliminar. A audiência de custódia de Jeanne Paollini e Kátyna Baía ocorreu na última quarta-feira (5).
As autoridades locais condicionaram a soltura ao compartilhamento e análise integral de todas as informações em poder da Polícia Federal do Brasil. Isso inclui imagens de circuito interno dos aeroportos de Goiânia e Guarulhos e o inquérito com as investigações que resultaram na prisão, segundo a emissora alemã DW.
A Justiça alemã pediu ainda que o compartilhamento das informações se dê por meio do Ministério da Justiça e do Itamaraty.
De acordo com a Polícia Federal, uma série de evidências indica a inocência das mulheres, visto que elas não correspondem ao padrão usual das chamadas “mulas do tráfico“.
A prisão
As goianas estão presas na Alemanha desde o dia 5 de março após desembarcarem em Frankfurt com uma mala com cocaína. A Polícia Federal investiga desde então um esquema de troca de etiquetas de malas, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. As mulheres teriam sido vítimas do esquema.
De acordo com a corporação, suspeitos removiam etiquetas de malas despachadas e as colocavam em bagagens que continham porções de drogas. Tudo para evitar que os verdadeiros traficantes fossem encontrados.
Elas iriam passar 20 dias em uma viagem pelo continente. O gabinete de Assuntos Internacionais do Governo de Goiás acompanha o caso.