BENEFÍCIO

Justiça autoriza Alexandre Nardoni a passar festas de fim de ano no Guarujá

Desde maio, Alexandre Nardoni cumpre pena em regime aberto após cumprir 40% da pena em regime fechado e semiaberto, conforme prevê a lei

Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato de sua filha Isabella Nardoni, em 2008, foi autorizado pela Justiça de São Paulo a passar o Natal, o Réveillon e as férias em uma pousada da família no Guarujá, litoral de São Paulo. A decisão, proferida pela juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, permite que ele permaneça no local entre os dias 23 de dezembro e 3 de fevereiro de 2024.

Atualmente em regime aberto, Nardoni, de 46 anos, cumpriu 16 anos de pena na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé. Ele progrediu para o regime aberto em maio deste ano, após apresentar bom comportamento e ter uma pena reduzida por trabalho e estudo na prisão.

A autorização considera o pedido de defesa, que argumentou a importância de Alexandre estreitar o relacionamento com os filhos durante o período em família, compensando o “vácuo afetivo” causado pela ausência do pai.

No entanto, a decisão impõe condições rigorosas: Nardoni deve permanecer em casa entre as 20h e as 6h, além de não poder frequentar bares, casas de jogos ou locais incompatíveis com o benefício. Também precisa comunicar à Justiça qualquer alteração de endereço ou rotina.

O crime de grande repercussão ocorreu em março de 2008, quando Isabella, de apenas 5 anos, foi agredida e arremessada do sexto andar de um prédio em São Paulo. Alexandre Nardoni e sua esposa, Ana Carolina Jatobá, foram condenados por homicídio.

Com a progressão de regime, Alexandre cumpre pena fora da prisão desde maio, sob regras que incluem o comparativo trimestral à Vara de Execuções Criminais e a concessão de mudança de comarca sem autorização judicial. A progressão foi concedida pelo cumprimento de 40% da pena em regime fechado e semiaberto, conforme previsto na lei.

A decisão de permitir a ida ao litoral, no entanto, divide opiniões, especialmente pela gravidade do crime que chocou o país.