Política

Justiça bloqueia bens de vereador que renunciou ao cargo em Jataí

Segundo ação por improbidade administrativa, o vereador mantinha um esquema em que cobrava, desde 2012, parte do salário de funcionários da Câmara sob ameaça de exoneração dos servidores

Seis dias após renúncia ao cargo de vereador em Jataí, João Rosa Leal (PSDB) teve as contas bancárias e aplicações financeiras bloqueadas até o valor de R$997.500,00. A decisão proferida pela comarca da cidade foi tomada em razão do enriquecimento ilícito do político ao manter um esquema de recebimento de parte das remunerações de servidores da Câmara Municipal.

O tucano é réu em ação pelo crime de improbidade administrativa. Segundo o processo, o vereador mantinha um esquema em que cobrava, desde 2012, parte do salário de funcionários da Câmara sob ameaça de exoneração. No último dia 4 de abril, João Rosa protocolou seu pedido de renúncia do mandato depois que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu seu afastamento. Na carta de renúncia, ele alega “motivos pessoais”.

De acordo com depoimentos de uma ex-servidora e três atuais funcionários do gabinete do vereador às investigações, as cobranças eram antigas e ocorreram até março de 2019. Estima-se que ele tenha recebido o valor de R$ 332.500,00 com o esquema. Aos funcionários, o político afirmava que o dinheiro seria utilizado para ajudar eleitores nas realizações de tratamentos de saúde.

Com a saída do tucano, o primeiro suplente também do PSDB, pastor Luiz Carlos Cabral dos Anjos, assume o cargo de vereador. O Mais Goiás tenta contato com a defesa de João Rosa. À reportagem, a Câmara Municipal afirmou que ainda não tem um posicionamento oficial. Já a Prefeitura disse que não se posiciona sobre qualquer ato do Legislativo.