CONDENAÇÃO

Justiça bloqueia R$ 58 mil da Universal por dívida no aluguel de templo

Imóvel foi alugado em 2009 para sediar um dos templos da Universal em Sorocaba

Justiça bloqueia R$ 58 mil da Universal por dívida no aluguel de templo (Foto: Divulgação)

A Justiça de São Paulo bloqueou R$ 58.190,48 da Igreja Universal do Reino de Deus em razão de uma dívida no aluguel de um imóvel em Sorocaba.

O imóvel foi alugado em 2009 para sediar um dos templos da Universal na cidade. No ano passado, no entanto, com a pandemia do coronavírus, a igreja passou a transferir apenas parte dos valores acertados em contrato. Também atrasou alguns pagamentos.

A proprietária do imóvel disse à Justiça que tentou negociar amigavelmente com a igreja, mas que foi “sumariamente ignorada”. Na defesa apresentada à Justiça, a Universal não negou a dívida.

Desde o ano passado, a igreja fundada em 1977 pelo bispo Edir Macedo tem sido alvo de uma série de processos por falta de pagamento de aluguéis, muitos dos quais com pedido de despejo.

Numa ação em que pleiteia a revisão dos valores cobrados no aluguel de um templo no Brás, na cidade de São Paulo, a Universal diz que se mantém exclusivamente da doação dos fiéis e que a pandemia afetou as suas receitas.

Outro fator que, diz a Igreja, tem contribuído para as dificuldades financeiras é o desemprego. “É de conhecimento público que o país atinge recorde de desemprego, ultrapassando a alarmante marca de 14 milhões”, afirmou à Justiça.

De acordo com reportagem publicada pela Folha, o bispo Renato Cardoso, genro de Edir Macedo, aparece em um vídeo publicado em março no YouTube pedindo contribuições para cobrir custos da igreja.

Com a pergunta “Vocês preferem auxílio emergencial ou o auxílio providencial?”, Cardoso, segundo a reportagem, sugere que o benefício social concedido pelo governo para quem perdeu renda na pandemia seja doado para a Universal.

Em nota publicada na internet, a Universal afirma que a reportagem “mente” e que o bispo jamais pretendeu estimular ou mesmo solicitou a doação do auxílio emergencial.

“O sentido desta fala é estimular que as pessoas acreditem em si mesmas e em seu potencial, para que não necessitem de auxílio de governo algum.”