Justiça condena cinco envolvidos na morte de policial penal e da esposa dele em Aparecida de Goiânia
O crime ocorreu no dia 18 de fevereiro de 2021 em uma emboscada na saída do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia
A Justiça de Goiás condenou, em tribunal do júri realizado na última terça-feira (14), em Aparecida de Goiânia, cinco acusados de matar o policial penal Elias de Sousa Silva e a esposa dele, Ana Paula Silva Dutra. Foram condenados: Bruno da Conceição Pinheiro, Walison Ferreira Berto, Alex de Souza Rodrigues, Paulo Henrique da Silva Vieira e Ronan Lima Martins, por planejar e executar o duplo assassinato.
O crime ocorreu no dia 18 de fevereiro de 2021, em uma emboscada na saída do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, como forma de retaliação a privilégios perdidos por detentos.
Bruno foi condenado a 27 anos e oito meses de prisão, além 15 dias-multa, por planejar e financiar, de dentro da prisão, a morte do agente prisional e da esposa dele.
Walison, Alex e Paulo Henrique foram condenado a 46 anos de prisão e pagamento de 15 dias-multa, cada um, pela execução do agente prisional e da esposa, com vários disparos contra o casal na saída do Complexo Prisional. A justiça considerou que eles cometeram três crimes: assassinatos de Elias e Ana Paula, além de participação em organização criminosa. O trio já está preso.
Já Ronan foi condenado a 41 anos e 15 dias-multa. O juiz Leonardo Fleury Curado Dias determinou o cumprimento de mandado de prisão do réu, que ainda não está preso.
Morte foi encomendada de dentro da prisão
De acordo com os autos, o acusado Bruno da Conceição, membro de uma organização criminosa, ordenou de dentro do presídio que os demais réus matassem o primeiro policial penal que saísse do Complexo Prisional, como forma de retaliação por ter perdido privilégios. Com isso, Walison, Alex, Paulo Henrique e Ronan compraram um carro para cometer o crime.
No dia do homicídio, a vítima Ana Paula Silva Dutra aguardava seu marido, o agente prisional Elias de Sousa Silva, sair do serviço em seu carro, na porta do Complexo Prisional. Segundo a denúncia, após saírem do lugar, foram seguidos pelos acusados, que efetuaram diversos disparos contra o carro das vítimas e, logo após, atearam fogo no veículo comprado para o crime.