Justiça de Goiás mantém presa modelo suspeita de matar o noivo em motel
A Justiça goiana manteve a prisão da modelo suspeita de matar o noivo em um…
A Justiça goiana manteve a prisão da modelo suspeita de matar o noivo em um motel do Distrito Federal. A decisão ocorreu após audiência de custódia, na noite de quinta-feira (10). Marcella Ellen Paiva foi detida na última quarta (9), em Cocalzinho de Goiás, apontada como responsável pelo assassinato de Jordan Lombardi.
Na decisão, o juiz Flávio Fiorentino de Oliveira converteu a prisão em flagrante em preventiva para “garantir a ordem pública, dadas as gravosas circunstâncias concretas do ato em tese praticado […] evidenciada a gravidade do delito e a periculosidade do agente”.
Marcella foi detida após matar o noivo dentro de um motel, no DF, na madrugada de quarta-feira (9). Depois do crime, ela fugiu seminua e roubou uma kombi escolar na cidade de Cocalzinho. A mulher se entregou horas depois em um posto de combustíveis.
Segundo a Polícia Civil, ela confessou o crime em depoimento e disse que antes do assassinato havia discutido com o companheiro.
Motivação
Conforme a ocorrência, o crime foi praticado em razão de uma briga ocorrida entre o casal, que era usuário de cocaína. Na ocasião, a suspeita disparou um tiro em direção ao noivo, que não resistiu e morreu. Em depoimento, ela confessou o crime.
Aos policiais, a motivação apresentada pela suspeita foi de que o noivo, o qual possui uma filha de quatro anos de idade, não quis denunciar à Polícia de São Paulo, um possível crime de estupro de vulnerável contra a criança, supostamente praticado pelo atual padrasto.
A mulher ainda alegou que se sentiu indignada pelo descaso do noivo em relação à própria filha. Relatou que não aceitou o fato de o noivo dizer que não gostava da filha e que não levaria o caso de estupro à polícia por medo de ser prejudicado em sua carreira profissional como empresário.
A suspeita informou ter praticado o crime sob efeito de alta quantidade de cocaína e afirmou estar arrependida dos fatos.
Fuga e roubo
Segundo a investigação, a detida morava com o noivo, identificado como Jordan Lombardi, em São Paulo. O casal estava hospedado em um hotel de Brasília (DF) há dois dias. Após a prática do crime de homicídio, ela empreendeu fuga com o veículo do noivo, um Audi Q7, em direção a cidade de Águas Lindas de Goiás.
No meio da fuga, o carro foi bloqueado pelo rastreador e ela abandonou o veículo na BR-070.
Na posse da arma de fogo utilizada no homicídio, a mulher abordou o motorista da kombi escolar. “Ele [motorista] parou o veículo e prestou ajuda a mulher, sendo que em breve conversa esta informou que havia sido estuprada, e que queria apenas o veículo para sair do local. Logo em seguida a mulher pediu também o aparelho celular, no modo desbloqueado, e caso não entregasse que então o mataria”, descreve trecho da ocorrência.
Nas proximidades da cidade de Edilândia, no Distrito de Cocalzinho, ela foi presa no momento em que estava em um posto de gasolina.
Os militares encontraram com ela um revólver calibre 38, com balas deflagradas e intactas no tambor. Ela disse que usou a arma para atirar no noivo e ameaçar o dono da kombi para roubar o veículo.