Denúncia

Justiça determina que Carrefour não pratique ‘extermínio de gatos’

ONG acusa funcionários da rede da morte desses animais. Até o mês de setembro, foram encontrados mortos 15 gatos e dois gambás

Após a denúncia de que os gatos que vivem no estacionamento do hipermercado Carrefour, na Barra da Tijuca, estariam sendo exterminados, 7ª Vara Cível da Barra determinou, na última terça-feira, que a rede não pratique “atos que possam ocasionar o extermínio de gatos eventualmente existentes no interior do supermercado”.

A ação foi proposta pelo Núcleo de Prática Jurídica das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), a pedido da ONG Oito Vidas. O pedido tinha sido feito em setembro, bem antes de um segurança de uma filial em Osasco, em São Paulo, matar a cadela Manchinha. O caso ganhou grande repercussão no início deste mês.

A gata Milly foi uma das mortas nas ruínas da churrascaria que ficava no estacionamento do hipermercado (Foto: Divulgação)

Em um período de 20 dias, foram encontrados 8 corpos de felinos. Até setembro, foram encontrados mortos 15 gatos e dois gambás. Em exame necrológico realizado em um laboratório de Belo Horizonte, Minas Gerais, foi constatado que o animal tinha sido envenenado por chumbinho. Segundo a ONG, a suspeita é que isso tenha sido feito por funcionários do Carrefour.

A colônia de 50 felinos vive há mais de cinco anos nas dependências do estacionamento do hipermercado, concentrando-se nas ruínas de uma churrascaria. Ela é cuidada por diversas pessoas do bairro e a maioria dos animais mortos tinham nomes. Eles eram considerados animais comunitários, de acordo com a Lei Municipal 4.956/2008.

“Estamos diante de vidas não humanas que queremos ver defendidas, consideradas e valorizadas.São animais comunitários, protegidos pela lei. Eu defendo inclusive a prisão preventiva dos responsáveis pelas mortes”, completou Marcelo.

Resposta

O Carrefour informou que está em contato com ONGs de todo país para desenvolver iniciativas em defesa e proteção de animais abandonados desde o episódio ocorrido na loja de Osasco. “Especificamente sobre o processo em andamento no Rio de Janeiro, no qual fomos citados no dia 12/12, já estamos em contato com a ONG responsável para buscar soluções e desenvolver iniciativas concretas em nossas lojas do estado”, diz um trecho.