Decisão

Justiça liberta porteiro acusado de matar ex-aluno na PUC

A Justiça concedeu liberdade provisória, na tarde desta sexta-feira (5), ao porteiro acusado de matar…

A Justiça concedeu liberdade provisória, na tarde desta sexta-feira (5), ao porteiro acusado de matar a facadas um ex-aluno da PUC (Pontifícia Universidade Católica), na Consolação (região central da capital paulista), dentro do campus da universidade, localizado na Consolação (região central da capital paulista). O crime ocorreu no fim da tarde de quinta-feira (4).

Segundo o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), José Domingo Diniz, 59 anos, poderá responder o processo em liberdade, porém com algumas restrições. São elas: comparecimento mensal em juízo para informar e justificar as suas atividades; obrigação de manter seu endereço atualizado; proibição de se ausentar da cidade por mais de oito dias, sem prévia comunicação ao juízo, sob pena de revogação do benefício. A decisão foi tomada após audiência de custódia.

Diniz esfaqueou o ex-aluno Bruno da Silva Araújo, 27, após um desentendimento entre ambos, dentro de um banheiro da universidade. Segundo relatado pelo porteiro à polícia, ele fez um comentário sobre um suposto mau cheiro no banheiro, que era usado por Araújo. Por conta disso, o ex-aluno, que se formou em engenharia civil na unidade no ano passado, se desentendeu com o porteiro, que lavava no local uma faca que havia usado anteriormente para cortar frutas. “Como o porteiro é pequeno e a vítima, grande, o acusado alertou o engenheiro que estava armado com a faca”, disse o delegado Rafael Navarro, na noite desta quinta-feira.

Por conta do alerta, Diniz teria ido até sua moto, estacionada em frente à PUC, também segundo o depoimento do porteiro, e pegado uma barra de ferro, para depois voltar a procurar o porteiro. Quando se encontraram, o engenheiro teria agredido Diniz, que se defendeu usando a faca. Araújo foi ferido ao menos uma vez, no lado esquerdo da barriga, e morreu sobre uma escadaria.

Um tio da vítima afirmou que o engenheiro reclamava de perseguição, por parte do porteiro. O ex-aluno usava o campus para almoçar, com o intuito de economizar o dinheiro que ganhava como motoboy, já que não conseguia emprego como engenheiro, segundo o tio.
A família velou o corpo de Araújo durante esta sexta-feira. Ele seria sepultado, por volta das 17h, no cemitério Gethsêmani, na zona sul da capital paulista.