PREVENTIVA

Justiça mantém prisão de pastor Davi Passamani em audiência de custódia

Advogado vai recorrer, pois considera que "as informações constantes no inquérito policial são vazias, lacunosas e genéricas"

A Justiça manteve a prisão do pastor evangélico Davi Passamani, da Igreja A Casa, nesta sexta-feira (5), após audiência de custódia. O religioso foi preso na tarde de quinta-feira (4), em Goiânia, por suspeita de assédio sexual, em denúncia feita no final do ano passado, por uma fiel da igreja.

Em nota, o advogado do pastor, Leandro Silva, informou que apresentará “as ações judiciais cabíveis para revogar o decreto de prisão preventiva”. Segundo ele, que “as informações constantes no inquérito policial são vazias, lacunosas e genéricas”.

Nota completa:

“Na audiência de custódia, o JUÍZO DAS GARANTIAS manteve o decreto de prisão preventiva e nesse momento concedeu acesso aos autos para a defesa.

A AUTORIDADE POLICIAL fez o pedido de DECRETO DE PRISÃO PREVENTIVA com fundamento único e exclusivo pela participação de DAVI PASSAMANI em louvores. Segundo ela, isso pode possibilitar a ocorrência de novas vítimas de importunação sexual e por isso pediu sua prisão. Essa alegação foi acatada pelo magistrado.

Inconformada com esse fundamento, a defesa apresentará as ações judiciais cabíveis para revogar o decreto de prisão preventiva. Mais uma vez ratifica-se que as informações constantes no inquérito policial são vazias, lacunosas e genéricas.”

Afastado e denunciado por assédio sexual

Em dezembro de 2023, uma semana após ser denunciado, o pastor afirmou que iria se afastar da A Casa. Apesar de já ter sido denunciado há alguns anos, também por assédio, Davi Passamani não possui nenhuma condenação.

Sobre o caso mais recente, o crime foi denunciado à Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deam), em Goiânia, em 20 de dezembro.

O boletim de ocorrência relata que a vítima recebeu uma mensagem do pastor, através de aplicativo de celular, que perguntava como ela e o namorado dela estavam. A mulher informou que havia terminado o relacionamento. Assim, Davi Passamani teria passado falar sobre sexo e perguntar se ela se tocava intimamente, além de dizer o que faria sexualmente com a vítima.

A mulher informou à polícia que o pastor, então, fez uma chamada de vídeo. A mulher atendeu e diz ter visto o rosto dele, que mostrou o órgão sexual. Ela desligou logo depois. Ele insistiu através de ligação de áudio e passou a falar sobre fantasias sexuais, além de gemer.

Após a ligação, o pastor, segundo a denúncia, teria continuado a mandar mensagens para a vítima. Ela não respondeu mais e acionou a polícia.