Justiça prisão preventiva do prefeito de Estrela do Norte
Ele é suspeito de participar do assassinato do ex-prefeito da cidade Geraldo Nicolau Filho, o Geraldo Curica. O crime ocorreu no dia 1° de outubro, no pátio de um motel de Mara Rosa, na Região Norte do Estado.
//
A desembargadora Avelirdes A. Pinheiro de Lemos, em decisão monocrática, decretou a prisão preventiva do prefeito de Estrela do Norte, Welligton José de Almeida. Ele é suspeito de participar do assassinato do ex-prefeito da cidade Geraldo Nicolau Filho, o Geraldo Curica. O crime ocorreu no dia 1° de outubro, no pátio de um motel de Mara Rosa, na Região Norte do Estado.
De acordo com a magistrada, a prisão é necessária para a manutenção da ordem pública, principalmente em razão da gravidade da conduta. Ela ressaltou ainda a periculosidade do prefeito, uma vez que o homicídio foi praticado, em tese, mediante emboscada em um motel, logo após a vítima deixar o quarto.
Segundo Avelirdes, a ordem pública foi “seriamente abalada” pela ocorrência do fato em apuração, dotado de reprovabilidade diferenciada, uma vez que o investigado trata-se do chefe do Poder Executivo Municipal. Ela observou ainda que o prefeito encontra-se em local incerto e não sabido, além do fato dele ter fugido do motel após o crime. “(Isso) reforça a imprescindibilidade da custódia cautelar para garantir a regular instrução criminal e a eventual aplicação da lei penal”, enfatizou.
O crime
No dia 1° de outubro, por volta das 15 horas, Geraldo Nicolau Filho, ex-prefeito de Estrela do Norte, município que fica a 353 quilômetros da capital, foi morto com vários disparos de arma de fogo no pátio do Motel Glamour, localizado em Mara Rosa. De acordo com as investigações, a vítima foi ao motel na companhia de Anésia Xavier Peres Almeida, que já teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Andrey Máximo Formiga, no dia 2 de outubro.
Consta ainda que, logo que chegaram ao local, por volta das 13h34, eles foram encaminhados para o quarto de número 8. Em seguida, um veículo Fiat Uno de cor prata também entrou no motel, mas saiu poucos minutos depois sem que seus ocupantes descessem do carro.
Por volta das 14h28, um veículo de cor preta chegou ao estabelecimento e seus ocupantes foram encaminhados pela recepcionista para o quarto de número 7. Depois de 15 minutos, uma caminhonete de cor branca chegou ao motel, indo para o quarto 6. Alguns instantes mais tarde, quando se preparava para abrir o portão de acesso da garagem onde sua caminhonete estava estacionada dentro do motel, Geraldo Filho foi agarrado por dois indivíduos que, logo em seguida, começaram a efetuar os disparos de arma de fogo contra ele, que ainda tentou fugir, mas acabou caindo no chão do pátio do motel.
Após o crime, os homens fugiram em dois carros e, um deles, levava uma mulher que estava na companhia dos autores o tempo todo e acompanhou tudo de perto. Assim que fugiram, a investigada Anésia saiu do quarto e também deixou o local.