Acusado de matar ex-namorado da esposa vai a júri popular, em Goiânia
A vítima identificada como Luciano Carvalho Couto foi morta a tiros em dezembro de 2005, na porta da casa dos pais, no setor Capuava, na região Oeste de Goiânia
O pedreiro Varley Ramos da Costa, acusado de matar o ex-namorado da esposa dele, em 2005, enfrenta júri popular, nesta segunda-feira (5). A sessão é presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. O julgamento segue em andamento pela tarde. O conselho de sentença no Fórum Criminal da capital é formado por cinco homens e duas mulheres.
Luciano Carvalho Couto foi morto a tiros em dezembro de 2015, na porta da casa dos pais dele, no setor Capuava, na região Oeste de Goiânia. Durante depoimento na sessão que teve início na manhã desta segunda-feira (5), Sueli confirmou que manteve relacionamento com Luciano no período em que o esposo estava fora do Brasil, mas informou que rompeu com a vítima para se encontrar com Varley. Seis meses depois de ir aos EUA, ela reatou com o marido e afirma que não teve mais contato com o ex-namorado. Ela disse que acredita na inocência do marido.
Apesar do relato, a irmã de Luciano, Silvana Cristina de Carvalho Couto, afirmou que o relacionamento foi mantido mesmo com a distância. De acordo com a mulher, o casal se falava todos os dias. Embora a família não aprovasse a relação, a vítima decidiu por manter o namoro.
O caso
Segundo denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Luciano tomava banho quando foi procurado por dois homens que estavam em uma moto. Ao sair de casa para atender o chamado dos suspeitos, o homem foi baleado e morreu no local. O pai dele também foi atingido por um tiro e, com isso, perdeu o movimento do braço.
Três anos antes do crime, Varley se mudou para os Estados Unidos. A esposa Sueli Gomes e os dois filhos do casal ficaram no Brasil. Tempos depois, ela teria começado a se relacionar com Luciano. No início de 2005, a mulher foi para os EUA deixar os filhos com o pai. A intenção da empresária, de 48 anos, era voltar para Goiânia para “estabelecer uma união afetiva” com o então namorado.
Ao saber da intenção da mulher, Varley encomendou a morte de Luciano. À época, ele que matinha contato com Sueli por cartas, bilhetes e telefonemas. De acordo com apuração do MP, um dia após o assassinato, a empresária ligou para uma irmã da vítima. Ao descobrir a morte, a mulher gritou “Foi o Varley, foi o Varley. Você é louco, você é louco”, conforme consta na denúncia.
Sueli e Varley foram presos, em maio de 2017, por estarem ilegais nos Estados Unidos. Eles foram deportados em outubro de 2018 devido ao um mandado de prisão contra o homem.
*Com informações do G1