Laudo que defesa de Silveira apresentou ao STF indica insuficiência renal
"Em exame laboratorial realizado na unidade, foi evidenciado creatinina tocada (1,41) e ureia de 35”
O laudo médico apresentado pela defesa de Daniel Silveira ao Supremo Tribunal Federal (STF) aponta que “em exame laboratorial realizado na unidade, foi evidenciado creatinina tocada (1,41) e ureia de 35”. O documento é assinado pelo médico Gabriel Moreira do Nascimento e indica possível insuficiência renal.
Ex-deputado federal, Silveira foi preso novamente pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (24), no Rio de Janeiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele descumpriu o horário de recolhimento domiciliar, imposto como parte das condições de sua liberdade condicional, na última sexta-feira (20). Segundo o político, ele precisou ir a um hospital em Petrópolis devido a “fortes dores lombares”.
Moraes considerou a justificativa questionável. Segundo ele, não houve pedido judicial para o deslocamento e a liberação hospitalar, caso tenha ocorrido, foi registrada às 0h34 do dia 22, com a violação do horário de recolhimento se estendendo até as 2h10. “Logo em seu primeiro dia em livramento condicional, o sentenciado desrespeitou as condições impostas”, diz Alexandre de Moraes em novo mandado de prisão para Silveira.
A defesa, então, apresentou justificativa e laudo ao STF. Sobre a creatinina, trata-se de substância produzida a partir da creatina – vendida em pó, normalmente. É um nutriente comum na suplementação de pessoas que visam aumentar a capacidade muscular e suas funções.
A taxa normal para homens é de 0,70 e 1,3 mg/dl, sendo que um valor superior a isso indica quadro de insuficiência renal. Em relação a ureia, em adultos o valor referência é de 10 a 50 mg/dl.
Ainda conforme o laudo, o médico orienta o ex-deputado a procurar especialista e aumentar a ingestão hídrica”. Ele também encaminha o político a um nefrologista (trata doenças do sistema urinário, em especial os rins).
Silveira, conforme o documento, foi ao Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, por volta das 23h do dia 21/12, e teria ficado na unidade de saúde até 0h34 do dia 22/12. A medida imposta peloa condicionalondicional prevê o recolhimento diário após às 22h, sem saída aos fins de semana.