Operação Lava Jato

Lava Jato: empresas dizem desconhecer teor das acusações

As seis empresas acusadas de improbidade administrativa afirmaram que ainda não foram notificadas

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As seis empresas acusadas de improbidade administrativa pela Procuradoria da República nas ações cíveis protocoladas nesta sexta-feira (20) na Justiça Federal no Paraná afirmaram que ainda não foram notificadas. A Construtora OAS afirmou que refuta “veementemente” as alegações do Ministério Público Federal. “Quando for notificada da ação, irá defender-se nos termos da lei.”

Procurada pela reportagem, a Camargo Corrêa disse que não foi citada na referida ação e desconhece seu teor. “Assim que houver possibilidade de defesa, a companhia apresentará sua contestação às acusações.”

Ao Estado, a Galvão Engenharia informou que os pagamentos feitos resultaram de extorsão e concussão, mediante ameaça de retaliações nos contratos em vigor. Afirmou ainda que não há correlação de datas nem de valores extorquidos com a assinatura de contratos. Sobre as ações de improbidade, a empresa alegou que não houve notificação e a empresa não iria se pronunciar.

A construtora Mendes Júnior informou que não foi notificada com relação à citada ação do Ministério Público Federal. A Engevix afirmou que assim que for notificada, tomará as devidas providências por meio de seus advogados.

Em nota, o Grupo Sanko-Sider anotou que a empresa não recebeu até o momento qualquer citação e foi informada apenas pelo noticiário de imprensa. “Não pode, portanto, avaliar o conteúdo da ação, já que desconhece o seu inteiro teor”, afirmou o Grupo Sanko-Sider, por meio de sua assessoria de imprensa.

Insumos – O grupo Sanko ressalta que “não é empreiteira, vende insumos, tubos, conexões e flanges, atende apenas empresas privadas e não fez vendas diretas à Petrobrás”. “Fundamental recordar, ainda, que em todos os depoimentos prestados pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa (primeiro delator da Operação Lava Jato), seja no âmbito da delação premiada, junto ao Ministério Público Federal, à Justiça Federal, Polícia Federal, CPMI, este afirmou e reafirmou inúmeras vezes não ter recebido qualquer centavo ilícito da Sanko-Sider”, assinala a assessoria de imprensa.